Foto: Jefferson Peixoto/ Secom

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta quarta-feira (7) que o surto de dengue no Brasil faz parte “de um grande aumento em escala global” da doença e que, “a exemplo de muitos países, também enfrenta desafios significativos”.

📈 Contexto: Neste ano, o país já registrou mais de 360 mil casos (prováveis e confirmados) de dengue, com 40 mortes confirmadas. Isso representa um aumento de 291% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados pouco mais de 93 mil casos nas primeiras cinco semanas do ano.

Em visita ao Brasil, ele participou do lançamento de um plano do Ministério da Saúde para eliminação de doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social, como malária, doença de Chagas, sífilis, hepatite B e HIV.

Este surto de dengue atual faz parte de um grande aumento em escala global da dengue, com mais de 500 milhões de casos e mais de cinco mil óbitos relatados ano passados em 80 países de todas as regiões do mundo. — Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS

A visita dele ao Brasil acontece em meio ao aumento de casos de dengue no país. O total registrado em janeiro já ultrapassou todos os casos de 2017, quando foram contabilizadas 239.389 notificações.

O governo federal instalou um Centro de Operações de Emergência (COE) contra a dengue e outras arboviroses para coordenar as ações de combate e monitorar o avanço da epidemia. A cidade do Rio de Janeiro decretou estado de emergência em saúde pública por causa da dengue. A primeira morte no ano foi confirmada.

O governo do Distrito Federal também já tinha tomado decisão semelhante no fim de janeiro por causa do surto da doença: já foram registradas 11 mortes neste ano e foi aberto um hospital de campanha para tratar os doentes.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, descartou, porém, decretar emergência nacional. Neste momento, não faz sentido uma emergência nacional, o que não quer dizer que não estejamos num estado de alerta e atenção nacional. — Nísia Trindade, ministra. G1