Adversários políticos, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UNIÃO), e o ex-secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), têm buscado se representar como o novo na pré-campanha. Depois da chegada do PP à sua base política e a desistência de Jaques Wagner (PT) de disputar o governo, Neto deu, no entanto, uma modelagem no discurso políticos. Antes, o pré-candidato da União dizia que ele representava o “futuro da Bahia”, e o senador petista era uma figura do “passado”.

Agora, ACM Neto, que tem 43 anos, tem dito que ele é um símbolo de “renovação” da política baiana. “Vocês precisam ver a disposição de Leão. Mas então, vai ser o quê? A experiência com a renovação. Vai ser a soma dos nossos esforços, e isso vai me permitir construir o trabalho para o futuro do nosso estado”, disse o ex-prefeito, em um evento na cidade baiana Boa Nova.

Mais jovem do que Wagner, que tem 71 anos, Jerônimo Rodrigues, 57, também tem buscado se retratar como o novo. “Eu aprendi esse tempo todo caminhando com esses prefeitos, prefeitas, ex-prefeitos,  senadores da República, governadores, militantes de movimentos, para quem é que a gente vive e faz a política. Belchior já diz, o novo sempre vem”, disse o pré-candidato petista, se referência a música do cantor e compositor cearense o “Como nosso pais”.

No dia em que anunciou a vinda do MDB para sua base política, Wagner também fez questão de frisar que a chapa petista seria rejuvenescida com a saída dele e a entrada de Jerônimo. “É uma chapa, que eu gosto de brincar, ‘remoçada’. Eles (o grupo de ACM Neto) falavam que a nossa chapa era 100 e tantos anos”, disse, ao ressalvar: “uma disputa eleitoral não é uma disputa de idade. É uma disputa de ideias. Eu me considero muito mais moderno do que meu adversário, apesar da minha idade”.

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, João Roma (PL), 49, tem dito que tanto ACM Neto quanto Jerônimo representam a “mesmice”, e ele seria o novo. “Contra foto, não há argumento. Ela representa 32 anos de mesmice, de uma Bahia que não sai do lugar. O interesse do povo é sempre barrado na festa dos conchavos. Não dá para pensar a Bahia do Século XXI com práticas do Século XIX. Está na hora de virar essa página da história de elites que brindam a miséria dos baianos. A Bahia precisa seguir de mãos dadas com o Brasil”, disse, ao comentar uma foto em que estavam Neto e Jerônimo juntos. Metro1