Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou as declarações sobre o AI-5 feitas por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista concedida ao Jornal da Record, na noite de ontem (3). O presidente disse que chegaram a “pedir a cabeça” do chefe da equipe econômica em razão do episódio.

“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática”, declarou Guedes à época.

Eduardo Bolsonaro disse no final de outubro que se a esquerda radicalizasse no país era preciso ter uma resposta que pode ser via um novo AI-5. Já Paulo Guedes disse que não é possível se assustar com a ideia de alguém pedir o AI-5 diante de um cenário de radicalização de protestos de rua no Brasil.

AI-5

O Ato Institucional foi editado em 1968, o Ato Institucional nº 5 deu ao regime militar uma série de poderes para reprimir opositores e inaugurou o período mais duro da ditadura.