Foto: Agência Senado

Em evento da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, da qual é presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a posse de armas nucleares e disse que o “politicamente correto” o impede de falar abertamente sobre a possibilidade de guerra com a Venezuela.

A reunião, na tarde desta terça-feira, foi um encontro do parlamentar com alunos da Escola Superior de Guerra, entidade em que se formam militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.

— São bombas nucleares que garantem a paz. Se nós já tivéssemos os submarinos nucleares já finalizados, que têm uma economia muito maior dentro d’água; se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro, ou temidos pela China ou pela Rússia.

Ele frisou, porém, que não há debate no Congresso sobre o assunto no momento. O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado por 189 países, foi endossado pelo Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Além dele, o Brasil também faz parte do Tratado de Tlatelolco, assinado por todos os países da América Latina e Caribe em 1968, com exceção de Cuba, que o ratificou apenas em 2002.

— Esse assunto não é pauta nesse momento, eu sequer vejo debate nesse sentido. A gente sabe que, se o Brasil quiser atropelar essa convenção, tem uma série de sanções, é um tema muito complicado. Mas acredito que possa voltar ao debate aqui.

O deputado citou ainda Índia e Paquistão, dos poucos países que não assinaram o tratado, como um exemplo positivo.

— Paquistão e Índia, como é a relação dos dois? Se só um tivesse bomba nuclear, a relação não seria a mesma. Sou entusiasta dessa visão. Vão dizer que eu sou agressivo ou que quero tocar fogo no mundo, mas enfim. De fato. Por que o mundo inteiro respeita os Estados Unidos? — questionou. — Explodiram o World Trade Center, o que eles fizeram? Passaram por cima de tudo quanto é veto e invadiram o Iraque. Informações do O Globo