Foto: Arisson Marinho/ Arquivo CORREIO

Durante as fortes chuvas da madrugada de quarta (16), entre 0h e 4h, Salvador registrou 260 raios. De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), do número total de descargas elétricas, 146 delas tocaram o solo.

Em 14 dias transcorridos de março, o acumulado de chuvas na capital baiana ultrapassou a média histórica (normal climatológica) esperada para o mês que é de 156,8mm, aferida pela estação pluviométrica de referência em Ondina. Entre o dia 1º até hoje já choveu 161,0mm, 4,2mm a mais do que a Normal Climatológica.

As Normais Climatológicas são médias de parâmetros meteorológicos computadas em um período de 30 anos consecutivos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). No caso de Salvador, este padrão é determinado por medições realizadas nos últimos 30 anos pelo pluviômetro de Ondina, do Inmet, então o único existente na cidade.

No último dia 3, o temporal que atingiu Salvador e outras cidades litorâneas da Bahia também provocou uma série de quedas de raios na capital. Segundo o Inpe, entre as 18h do dia 2 e as 6h do dia 3, foram registradas 160 descargas elétricas, sendo que 92 delas tocaram o solo.

A meteorologista, Cláudia Valéria, contou que as chuvas estão sendo provadas por um sistema VACN, um vórtice ciclônico comum entre janeiro e março e que causa também rajadas de ventos, raios e trovões.

“A partir da segunda quinzena do mês de março começa o período de chuvas na cidade, com a chegada de frentes frias e outros fenômenos climáticos típicos do período. Então, é preciso redobrar os cuidados e as medidas de defesa e proteção da população. A previsão é que o próximo trimestre tenha volumes na média ou acima da média”, contou.

A orientação é para evitar ir à rua durante tempestades. O Inpe aconselha quem já estiver fora de casa a procurar um abrigo em carros com capota, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis, em casas ou prédios, e em estruturas subterrâneas como metrô e túneis.

Quem está em casa deve evitar contato com equipamentos ligados à rede elétrica e se manter distante de tomadas, canos, janelas e portas metálicas. Na rua é importante evitar segurar objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés, e lugares como topos de morros e prédios, campo de futebol e estacionamentos, árvores isoladas e cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos. Correio da Bahia