Marcos Corrêa/PR

Em transmissão ao vivo em rede social, o presidente Jair Bolsonaro comentou na quinta-feira, 31, que o Brasil poderá comprar doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa norte-americana Moderna. Ele não abordou detalhes de como o acordo poderia ocorrer. O presidente citou um artigo científico publicado nesta semana no New England Journal of Medicine, que aponta eficácia de 94% do imunizante, a mesma anunciada antes pela empresa de biotecnologia.

Ele também comentou sobre o início da vacinação em países como os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido, mas não abordou quando esse tipo de ação começará no País. “Além da Pfizer, temos uma outra agora que se apresenta no momento, a Moderna, que poderá ser adquirida pelo Brasil”, afirmou. Desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niad, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, a vacina da Moderna está autorizada para uso nos Estados Unidos, desde 18 de dezembro, e no Canadá.

Ela pode ser acondicionada em geladeiras por um mês e, se congelada, por até seis meses. No começo de dezembro, a Moderna disse que espera entregar até 125 milhões de doses no primeiro trimestre de 2021, a maioria (de 85 milhões a 100 milhões) será destinada aos Estados Unidos. O País tem um acordo com a empresa para o fornecimento de 200 milhões de doses, o suficiente para imunizar 100 milhões de norte-americanos. Na live, Bolsonaro destacou, ainda, que mantém contato diário com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a pandemia no País.

Ele também voltou a dizer que a vacinação contra o novo coronavírus não será obrigatória, mas voluntária, declarando que não tomará o imunizante por já ter sido infectado pela doença. “Parte da população clama por elas. Então, quem está querendo a vacina a gente vai acertar. Da nossa parte, é grátis e não obrigatório”, declarou. Além disso, dentre outros assuntos, reclamou que o preço das seringas está mais alto na pandemia. Uma tentativa recente de compra de seringas e agulhas pelo Ministério da Saúde fracassou, em que, das 331 milhões de unidades pretendidas, somente foram ofertadas 7,9 milhões em pregão eletrônico realizado na terça-feira, 29. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.