Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública

A Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FENAPPF) defendeu, em nota divulgada no sábado (17), a continuidade de investigações para apurar eventuais responsáveis pela fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A entidade, que reúne cinco sindicatos da categoria, afirmou que as unidades prisionais do sistema federal, considerado de segurança máxima, seguem “seguras”.

“Apesar do ocorrido, as penitenciárias federais continuam seguras e cumprindo o seu devido papel, o isolamento de lideranças criminosas inseridas no Sistema Penitenciário Federal – SPF/SENAPPEN Secretaria Nacional de Políticas Penais”, diz o documento.

Na última quarta (14), dois criminosos ligados à facção Comando Vermelho — Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça — escaparam do presídio federal de segurança máxima de Mossoró. A fuga é a primeira registrada desde a fundação do sistema, em 2006.

Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 300 agentes participam de uma operação para recapturar os detentos. Os profissionais integram os quadros da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e de forças de segurança estaduais.

A pasta afirma que duas investigações estão abertas para apurar as circunstâncias da fuga. Em uma delas, o ministério apura, de forma administrativa, eventuais responsáveis pelo episódio. A Polícia Federal conduz a segunda, que apura eventuais crimes cometidos por agentes na escapada dos criminosos.

Em nota, a FENAPPF afirma que a categoria tem sofrido ataques e que é “muito cedo” para concluir que houve participação de policiais penais federais na fuga. A entidade diz esperar que tudo seja “apurado” e que eventuais responsáveis “respondam pelas suas ações e/ou omissões na forma da lei”.

Segundo a federação, os fugitivos não receberam “apoio externo” na escapada do presídio e a investigação aponta que os criminosos teriam aproveitado uma “oportunidade”. “Somente quem de certa forma tiver errado responda pelos respectivos erros”, afirma. G1