Foto: Tiago Caldas / EC Bahia / Divulgação

Depois de formar um meio-campo poderoso e trazer defensores experientes, o Bahia foi à Europa para resolver uma de suas principais carências desde a temporada passada: um camisa 9. O escolhido foi o colombiano Óscar Estupiñan, que falou pela primeira vez como jogador tricolor na tarde desta quarta-feira (14).

O centroavante era um desejo antigo do Grupo City, e chega emprestado ao Esquadrão pelo Hull City até o fim da temporada. Em entrevista coletiva de apresentação do novo reforço, o diretor de futebol Cadu Santoro falou sobre a versatilidade do jogador como um de seus trunfos.

“A gente vem tentando tornar uma equipe mais competitiva, ter atletas com nível de competitividade em todos os setores do campo. Muito feliz em anunciar a chegada de Oscar Estupiñán. Um jogador que, não só o Bahia, mas o Grupo [City] conhece há anos. Esteve próximo de jogar em uma outra equipe do Grupo ano passado. Um jogador que pode jogar na posição 9, brigar com posição com Everaldo. Mas também nessa nova forma que o Rogério vem jogando, já atuou com características similares em outras equipes”, afirmou Cadu.

Estupiñan estava jogando por empréstimo no Metz, da França. Ele participou de apenas seis partidas pelo clube, sem gols. Ao Bahia, ele chega, em tese, para disputar posição com Everaldo, até então único centroavante no elenco. No entanto, desde a reta final do Brasileirão do ano passado, Ceni tem apostado em um ataque de maior mobilidade, com o meia Thaciano atuando como uma espécie de falso 9.

“Sou um jogador 9 que também pode jogar fora, independentemente do que queira o técnico. Estou preparado para me adaptar ao sistema. Venho treinando, fazendo alguns jogos onde estava. Estou preparado para quando o mister queira contar comigo”, garantiu Estupiñan.

Segundo o colombiano, a decisão de acertar com o Bahia foi rápida. “Primeiro contato que tive com meu representante e vi a possibilidade de vir, fiquei entusiasmado. Sinceramente, desde o primeiro momento, quis vir. Também pelo projeto que me apresentaram. Então, estava esperando que a negociação tomasse um rumo positivo. Graças a Deus, deu tudo certo. Estava esperando só acertar para desfrutar do clube e da cidade. Desde que eu cheguei, me acolheram bem”.

“Sobre retornar à América do Sul, claro que muitos podem pensar que não queria vir da Europa para cá. Mas o que o Bahia representa é grande. É um clube importante. É um privilégio representá-lo. Depois de ver o projeto, minha vontade cresceu mais”, completou.

Estupiñan também falou que um velho conhecido da torcida tricolor deu um ‘empurrãozinho’ para o acerto com o Bahia: o atacante Hugo Rodallega, que passou pelo Esquadrão em 2021 e 2022. Os dois atuaram juntos na temporada 2019/2020, pelo Denizlispor, da Turquia.

“Quero agradecer por essa linda oportunidade. Tenho uma boa relação com Rodallega, tive oportunidade de jogar com ele na Turquia. Foi um bom companheiro, me ensinou algumas coisas da posição. No primeiro momento que eu liguei, disse que o clube é espetacular, fantástico, a cidade também. Foi a maior referência e a melhor sensação que pude ter para tomar a decisão de vir”.

Carreira

Óscar Estupiñan foi revelado pelo Once Caldas, da Colômbia, mas fez a maior parte da sua carreira na Europa. Além do Hull City, Metz e Denizlispor, o atacante também defendeu o Vitória de Guimarães, de Portugal. Já na América do Sul, ele passou pelo Barcelona do Equador.

“Tive oportunidade de começar minha carreira na Colômbia, tive experiência de jogar no Equador. Nas últimas temporadas, joguei na Europa e pude crescer muito na minha carreira em termo tático, físico. Quero trazer tudo que aprendi para ajudar a equipe a crescer e alcançar todos os objetivos”. Correio da Bahia