© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O fim de um ciclo, necessariamente, significa o início de outro. Além do anseio para o próximo ano, os últimos dias de 2023 podem trazer reflexões sobre o ano que passou e, por vezes, até uma certa melancolia. E agora, o que vai ser? Como entrar em 2024 “com o pé direito”?

A psicóloga Daniela Braz incentiva a “fazer as malas”: o que você quer levar para 2024 e o que quer deixar em 2023? 🧳🤔

“Será uma viagem longa, cheia de incríveis paisagens e grandes desafios. E se você já viveu tantas outras viagens, acredite, você está preparado para essa”, diz.

  • Corpo 💪 : leve na sua mala mais horas de sono, mais doses de água, exercícios fisicos, mais momentos de descanso e mais alimentos nutritivos, que irão potencializar o que você tem de melhor;
  • Mente 💆‍♀️ : dobre aqueles pensamentos que te enchem de medo e excesso de cuidados e os coloque lá no fundo da mala. “Pode ser que você queira usá-los em algum momento, por querer proteção. Mas pode ser que você nem precise deles”, diz a psicóloga.

“Coloque, ainda, autoconhecimento, momentos de conversas, risos, meditação, respiração, coisas que façam sentido, coragem, algumas horas de terapia e, principalmente, você”, pontua.

  • Relações 🤝: leve com você pessoas que agregaram, que te incentivaram a crescer e que fizeram com que você aprendesse mais sobre quem é.

“Cuidado ao querer levar aqueles que ofereceram sentimentos rasos, que a todo momento passaram a mão na sua cabeça e que apenas se interessaram no que você tinha a oferecer, e não em quem você é”, explica Daniela.

  • Crenças 🤔: não se esqueça de colocar na mala tudo aquilo que você acredita e todos os elementos que te ajudam a viver um dia de cada vez.

“Seja a espiritualidade, os sentimentos, como o amor, seja acreditar na evolução da ciência ou humana. Pois quando a turbulência chegar, suas crenças te permitirão lembrar-se de quem é”, ressalta a psicóloga.

O psicólogo Fabrício Lemos explica que, na hora de fazer metas para o próximo ano, é preciso manter os pés no chão e ser realista.

“A gente pode começar pelas metas realistas, graduais. Às vezes a pessoa não dá conta de fazer nada nesse ano que passou e quer fazer tudo no próximo. Isso pode fazer com que venha a sensação de frustração, de incapacidade”, pontua.

Além de rever relações que não fazem bem e cultivar hábitos que nutrem a mente e o corpo, o psicólogo também reforça a importância de ações que podem parecer simples, mas que fazem total diferença.

“Ficar perto de pessoas legais, visitar parques, ter contato com a natureza e sair um pouco das telas. Talvez uma das grandes metas, que eu acho que quase todo mundo pode ter e que melhora a saúde mental e física, é reduzir a quantidade de tela, tanto para adultos quanto para crianças”, ressalta. G1