Agência Brasil

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) negou, em entrevista à imprensa no sábado (15), que a sua família tenha relação com o miliciano Adriano Nóbrega, morto pela polícia da Bahia no último final de semana. 

Adriano Nóbrega é apontado como um dos chefes da milícia de Rio das Pedras e do Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel. Em 2003, quando estava no seu primeiro mandato como deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio condecorou o miliciano com uma moção de louvor pela “dedicação, brilhantismo e galhardia”.

“Eu, como deputado estadual, homenageei centenas e centenas de policiais militares, que venciam a morte todos os dias, sobreviviam a troca de tiros com traficantes, e vou continuar defendendo. Não adianta querer me vincular a milícia, porque não tem absolutamente nada com milícia. Condecorei o Adriano há mais de 15 anos. Muitos aqui não tinham nem cabelo branco, nem eram carecas ainda. Há mais de 15 anos. Como é que eu posso advinhar o que ele faz de certo ou errado hoje, depois de 15 anos? Vão insistir com isso?”, bradou o senador.

O filho do presidente insinuou ainda que, antes de morrer, Nóbrega foi torturado para que revelasse algo que atingisse a família Bolsonaro. “Sobre o Adriano, pra não ter dúvida. A revista Veja dessa semana… Tá muito claro lá. Eu tive a informação de que iam cremar o corpo dele. Fiz questão de ir pra redes sociais e pedi pra que não fizesse. Porque, pelo que eu soube, e aquilo que tá na revista, ele foi torturado. Pra falar o quê? Com certeza, nada contra nós. Porque não tem o que falar contra nós. Não temos envolvimento nenhum com milícia”, declarou Flávio. Léo Sousa