Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu demitir o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro em agosto do ano passado, mas foi demovido pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno. A informação foi publicada pela jornalista Thaís Oyama no livro Tormenta – O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos, que será lançado na próxima segunda-feira (20) pela Companhia das Letras. A decisão de Bolsonaro teria sido tomada ao saber que Moro criticara a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, sobre o Coaf, que protegeu o seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido). Segundo a jornalista no livro, o presidente ficou irritado quando soube que o ex-juiz havia pedido a Toffoli que reconsiderasse uma liminar que paralisara investigações baseadas em informação do órgão de controle financeiro — entre elas, o caso Queiroz, que envolve Flávio. Bolsonaro, então, teria dedicido demitir o ministro da Justiça, mas freou quando ouviu de Heleno que, se Moro fosse demitido, o governo acabaria.