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“O que a Globo está fazendo com o Intercept, era capaz que o nazismo não fizesse”, afirmou o ex-presidente Lula, em entrevista ao UOL, publicada neste domingo (26), se referindo o tratamento da emissora da família Marinho às denúncias apresentadas pelo The Intercept que revelou o conluio do então juiz Sérgio Moro com os procuradores da Lava Jato.

“Ela só teve coragem de citar o Intercept duas vezes: quando o Intercept publicou o nome do Faustão, que acho que tinha dado aula pro Moro, e quando foi citar o nome do Roberto D’Ávila, que tinha trabalhado para arrecadar dinheiro para o meu filme. A Globo não fez sequer matéria contra a fajutice da denúncia do Ministério Público [contra o jornalista Glenn Greenwald, diretor do site]. Então, isso é censura”, acrescentou o ex-presidente.

Ao ser questionado sobre os ataque de Jair Bolsonaro contra a imprensa, Lula destacou que “tem crítica que ele faz que é correta”, mas lembrou que quando se é presidente não é dado o mesmo direito para falar que é conferido a outras pessoas. “Acho que tem crítica que ele faz que é correta. Dê a ele o mesmo direito que dá aos outros, direito de falar, abra para ele falar”, destacou Lula.

E completa: “Quando a imprensa mente, ela não está desrespeitando o atingido, ela está desrespeitando o eleitor, o telespectador, o ouvinte, que merece respeito. “Ah, eu sou legal porque o Lula fala mal de mim e o Bolsonaro fala mal de mim.” Vai no estádio para ver quantas pessoas gritam, ao mesmo tempo inteiro, “abaixo a Rede Globo, que o povo não é bobo”. Eles não agem como jornalismo, agem com interesse político”.