Agência Brasil

O governo federal gastou R$ 136,8 milhões em emendas de relator apenas em janeiro de 2022, primeiro mês do ano eleitoral. Os valores são todos de restos a pagar, o que significa que eles remetem a orçamentos de anos anteriores. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Um resto a pagar é criado quando um ano termina e um valor empenhado, ou seja, reservado, não é executado. As emedas de relator ficaram conhecidas como orçamento secreto porque foram utilizadas pelo governo Bolsonaro como moeda de apoio político no Congresso Nacional, em especial com o Centrão. Não é possível saber que parlamentar indicou a emenda, ou qual foi a justificativa, deixando o processo em torno das movimentações de dinheiro público sem transparência. Em dezembro 2021, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, suspendeu temporariamente a execução das emendas de relator e pediu mais transparência sobre a sua elaboração e execução. O prazo dado então foi de 90 dias, que se encerra no início de março. (BN)