(Foto: Marcello Camargo/ABr)

Os novos rumos da política no Brasil serão decididos neste domingo (2) por 156 milhões de cidadãos aptos a votar. Se você é um desses, fique atento. Na Bahia, a votação começará às 8h e prosseguirá até às 17h. Os votos serão depositados na seguinte ordem: deputado federal (quatro dígitos); deputado estadual (cinco dígitos); senador (três dígitos); governador e vice-governador (dois dígitos) e, por fim, presidente (dois dígitos).

Neste ano, a votação para senador será feita uma única vez, portanto, apenas um postulante será eleito para um mandato de oito anos. Para a  Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), serão 63 deputados estaduais, enquanto que para a Câmara dos Deputados – em Brasília -, 39 deputados federais serão escolhidos.

Lembre-se que para ter seu direito ao voto assegurado é necessário apresentar um documento original com foto. A apresentação do título de eleitor em papel não é obrigatória. Também é possível votar mostrando ao mesário a versão digital do documento, que pode ser obtida no aplicativo e-Título.

Confira ordem  e lista com opções para cada cargo: 

1. Deputado Federal

No site   Os 39 deputados federais que compões a bancada baiana na Câmara dos Deputados serão escolhidos entre 776 candidaturas registradas. Clique aqui para acessar a lista completa com o nome, partido e número de cada candidato.

2. Deputado Estadual 

As 63 cadeiras que integram a Assembleia Legislativa da Bahia serão definidas entre as 913 candidaturas registradas. Clique para acessar a lista completa com o nome, partido e número de cada candidato.

3. Senador

Cacá Leão (PP) – 11    O deputado federal e vice-líder do PP na Câmara é filho do vice-governador João Leão (PP). Ele foi indicado para ser candidato a senador pela Bahia (BA) nas eleições 2022 depois da desistência do pai. Leão tem 42 anos e é formado em gestão pública.

Otto Alencar (PSD) – 555    Natural de Ruy Barbosa, Otto Alencar é médico especializado em Saúde do Trabalho. Candidato à reeleição, foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1986. Também foi vice-governador da Bahia em 2002.

Raíssa Soares (PL) – 222    A candidata pelo PL é médica intensivista e ficou conhecida durante a pandemia como doutora cloroquina, por defender a prescrição do medicamento comprovadamente ineficaz para tratar a covid-19. Em novembro do ano passado, deixou a pasta de Saúde de Porto Seguro para ingressar na política.

Tâmara Azevedo (Psol) – 500  Socióloga, especialista em políticas públicas, agente de turismo, Azevedo faz parte do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e do Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira na Bahia. É candidata a senadora em uma chapa coletiva que conta com os candidatos a ‘co-senador’ Professor Max (PSOL) e Zem Costa (PSOL).

Cícero Araújo (PCO) – 290   Nascido em Rui Barbosa, o funcionário público aposentado concorreu pela primeira vez em 2010, quando foi suplente de senador pelo PSOL.

Marcelo Barreto (PMN) – 333     Marcelo Barreto mora em Porto Seguro e é presidente municipal do PMN. Atuou durante mais de 30 anos na área de serviço público com fornecimento de energia. Também foi membro do Comitê Gestor estadual do Programa Luz Para Todos, destinado a levar energia à zona rural baiana.

4. Governador e vice-governador

ACM Neto (União Brasil) – 44  Advogado formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), foi prefeito de Salvador entre 2013 e 2020. Deputado federal pelo DEM por três mandatos, e o mais votado na Bahia nas eleições de 2010. Em 2018, assumiu a presidência nacional do DEM e, atualmente, é secretário nacional do União Brasil. Em sua proposta de governo, reforça que pretende mudar radicalmente a gestão nas áreas: Segurança, Saúde, Educação, Geração de Empregos, Combate à Pobreza.

Jerônimo Rodrigues (PT) – 13  Graduado em Engenharia Agronômica, foi o secretário de Educação da Bahia. Nunca disputou uma eleição e é a aposta do atual governador, Rui Costa, para a sucessão. Nascido em Jequié, já foi secretário nacional do Desenvolvimento Social, assessor especial da Secretaria de Planejamento e secretário de Desenvolvimento Rural. Em carta presente na proposta de governo, diz que a prioridade é “inovar e avançar ainda mais nas políticas públicas de inclusão social e combate à pobreza, ao desemprego, à fome e intolerância praticada pelo governo federal”.

Giovani Damico (PCB) – 21  Aos 29 anos, é o atual secretário político do Partido Comunista Brasileiro na Bahia. Ele é professor de geografia da rede estadual de ensino e foi candidato a vereador de Salvador em 2020, mas não se elegeu. Para a proposta de governo, traçou 21 planos emergenciais para a Bahia, incluindo, na Educação, um “Programa Emergencial de reestruturação da Rede Estadual de Ensino”.

João Roma (PL) – 22  O candidato pelo Partido Liberal é ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro. Formado em Direito, foi eleito em 2018 deputado federal pela Bahia pelo Republicanos. Também foi chefe do escritório da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em Salvador entre 2002 e 2004. Na saúde, ele pretende formatar o Programa “Médicos pela Bahia”, para incentivar os profissionais de saúde ao trabalho no interior do estado, a exemplo do programa pensado pelo governo federal. Na segurança pública, defende a “reestruturação da Polícia Militar”, embora não traga mais detalhes de como a proposta seria implementada.

Kleber Rosa (PSOL) – 50  lO candidato de 47 anos, é professor e fundador do Movimento Policiais Antifascismo. Cientista social formado pelo Universidade Federal da Bahia (Ufba), Rosa é investigador da Polícia Civil e concorre pela primeira vez a uma disputa eleitoral. Ele também é diretor da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab). Na segurança pública, defende que o debate sobre política de drogas seja pautado com base no direito à saúde pública e no investimento em prevenção, desmilitarização e um modelo de polícia de “caráter civil, com controle interno e externo”.

Marcelo Millet (PCO) – 29  Marcelo Millet é motorista particular. É a segunda eleição que Millet disputa. Em 2020, ele foi candidato a vice-prefeito de Salvador pelo mesmo partido. Defende uma redução da jornada de trabalho para o máximo de 7 horas por dia, 5 dias por semana (35 horas por semana), dentre outras propostas, disponíveis no programa de governo.

5. Presidente 

Ciro Gomes (PDT) – 12   Nasceu em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Foi governador do Ceará, além de ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e da Integração Nacional no governo Lula. Concorreu para presidente nas eleições de 1998, 2002 e 2018, quando ficou em terceiro lugar. Tem 64 anos.

Constituinte Eymael (DC) – 27  Natural de Porto Alegre (RS), é graduado em Filosofia e Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.  Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo na Assembleia Constituinte, e reeleito na disputa seguinte. Disputa a Presidência pela sexta vez. Tem 82 anos.

Felipe D’Avila (Novo) – 30  Disputa a presidência pela primeira vez. É formado em Ciência Política, defende agendas liberais. Já atuou como editorialista, comentarista político e diretor de editoras. Também é escritor.  Criou uma ONG voltada à formação de lideranças políticas. Tem 58 anos.

Jair Bolsonaro (PL) – 22  Disputa a reeleição pelo Partido Liberal (PL). É natural de Glicério (SP). Na carreira militar, alcançou o nível de capitão. Adentra a política em 1988, tendo sido eleito vereador. Antes de chegar à Presidência, entre 1990 e 2018 ocupou cadeira na Câmara de Deputados. Tem 67 anos.

Léo Péricles (UP) – 80   Nasceu em Belo Horizonte e ingressou na política nos anos 2000, por meio do movimento estudantil. Em 2020, concorreu a vice-prefeito da capital mineira. Tem 40 anos.

Lula (PT) – 13    Nasceu em Caetés (PE), é ex-metalúrgico e governou o Brasil entre 2003 e 2010. Deixou o governo com alta taxa de aprovação. Em 2018, porém, foi preso para a execução provisória da pena no processo do tríplex do Guarujá. Em 2021, teve as condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Posteriormente, os processos da Lava Jato contra ele prescreveram ou foram arquivados. Tem 76 anos.

Padre Kelmon (PTB) – 14  Natural de Acajutiba (BA), é padre ortodoxo e ajudou a criar o Movimento Cristão Conservador. Tornou-se candidato após Roberto Jefferson, de quem era candidato a vice, ter a candidatura negada pelo TSE. Tem 45 anos.

Simone Tebet (MDB) – 15   É natural de Três Lagoas (MS) e formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como advogada e professora. Em 2002 foi eleita deputada estadual. Foi também prefeita por dois mandatos da cidade de Três Lagoas (MS) e vice-governadora em 2010. Foi eleita para o Senado em 2014. Na Casa foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e participou da CPI da Pandemia. Tem 52 anos.

Sofia Manzano (PCB) – 21  É paulista e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como economista e professora universitária. Em 2014, chegou a disputar a vice-presidência pelo PCB. Desde 2013, integra o movimento sindical de professores e liderou greves da categoria. Tem 51 anos.

Soraya Thronicke (União Brasil) – 44  É natural de Dourados (MS) e senadora de primeiro mandato. Preside o União Brasil Mulher. Formada em Direito com MBA em Direito Empresarial, pós-graduada em Direito Tributário e em Direito de Família e Sucessões. Iniciou na política nos movimentos de rua de 2013. Disputa a Presidência pela primeira vez. Tem 49 anos. Correio da Bahia