O presidente eleito Jair Bolsonaro comentou, em entrevista coletiva neste sábado (8), as informações do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) que dão conta de 176 saques bancários feitos pelo ex-motorista do filho, o senador eleito pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL). O ex-condutor,  Fabrício José Carlos de Queiroz, fez uma média de um saque a cada dois dias, com valores que variam entre R$ 100 e 14 mil reais.

 

Jair Bolsonaro contou que conhece Queiroz desde o ano de 1984 e é amigo dele. O ex-motorista pegou R$ 24 mil emprestados com o presidente eleito e depois resolveu pagar as dívidas. “Em outras oportunidades, eu já o socorri financeiramente. Nesta última, houve um acúmulo de dívidas dele para comigo (sic). Ele resolveu então me pagar com cheques”.

 

“Não foi um cheque de R$ 24 mil. Nem 100 cheques de R$ 4. Foram na verdade 10 cheques de R$ 4 mil”, explicou. O presidente eleito disse que deixou que a esposa fizesse o depósito das quantias, alegando que tem dificuldade para andar na rua. “Deixei com a minha esposa. Eu lamento o constrangimento que ele está passando com a sua família. Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque. Eu espero que ele se explique”, disse.

 

Ele também afirmou que a movimentação atípica não é uma afirmação de que ele seja culpado de alguma coisa. “Um exemplo: nós temos 600 mil pessoas na malha fina do imposto de renda, não quer dizer que sejam criminosos”, declarou. “São indícios que a Justiça vai somar a outros possíveis indícios para analisar se ele é culpado ou não”, completou.