O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o ex-presidente Michel Temer (MDB) “atenta conta sua própria biografia” ao optar por apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em caso de um possível segundo turno contra o ex-presidente Lula nas eleições de outubro. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo. “Pior do que o incômodo pelos que classificam o impeachment sem crime como golpe é o golpe na própria trajetória de um respeitável constitucionalista que admite votar em alguém que atenta constantemente contra a Constituição e as leis”, disse o senador. De acordo com a coluna, Temer tem dito que, caso a eleição siga polarizada e a disputa no segundo turno fique entre Lula e Bolsonaro no segundo turno, ele preferiria o atual presidente, por dois motivos, sendo o principal deles porque o petista já prometeu reverter reformas do seu período no governo, a exemplo da reforma trabalhista e o teto de gastos. Outro fator é que o PT continua chamando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, de “golpe”, algo que incomoda bastante Temer, que herdou o cargo com o afastamento.
