Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem pressa em mostrar resultados na área social. A ordem dada à equipe foi para acelerar temas como:

  • o aumento nos repasses que complementam a verba da merenda escolar;
  • a retomada de obras paralisadas de creches e unidades de atendimento médico;
  • a entrega de casas populares;
  • o fim das filas no Sistema Único de Saúde (SUS), e
  • a normalização de programas como o Farmácia Popular.

O pedido de agilidade tem relação direta com os compromissos firmados por Lula durante a campanha com a população carente – que foram o centro de sua plataforma eleitoral.

Lula tem lembrado à equipe que o novo mandato conseguiu abrir espaço no Orçamento de 2023 para cumprir essas promessas, ao aprovar a PEC da Transição no Congresso. Por isso, agora, tem a “obrigação” de acelerar as entregas.

Área social e crescimento econômico

Ao mesmo tempo, o novo presidente também tem pressa para fazer o país voltar a crescer.

Lula tem dito que vai priorizar a área social, mas sabe que essas promessas só são sustentáveis se o Brasil voltar ao caminho do crescimento – o que passa pelo empresariado.

Dois ministros foram escalados para essa interlocução com o setor produtivo:

  • Geraldo Alckmin, que acumula a vice-presidência e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
  • Rui Costa, ministro da Casa Civil.

A dupla recebeu a missão de fazer a ponte com o empresariado, ainda ressabiado com falas de ministros defendendo o Estado como indutor do crescimento.

O governo tentará afastar esse “medo” em relação a políticas intervencionistas, que pode afugentar investimentos necessários para a retomada econômica. Por Valdo Cruz/G1