O Ministério da Saúde desmentiu, em seis meses, cerca de 1.200 fake news ligadas a “tratamentos milagrosos” que substituiriam a prescrição médica. A iniciativa surge graças a um portal dedicado exclusivamente a checagem de notícias falsas. A principal consequência de quem acredita nas informações imprecisas é a piora no quadro de saúde.

De acordo com a matéria exibida no Jornal Nacional, na última sexta-feira (10), 20 pessoas por mês procuram o ambulatório em doenças do fígado do Hospital das Clínicas de Salvador vítimas de informações imprecisas e hábitos como a automedicação.

Entre as diversas fake news que se espalham pelas redes sociais estão o consumo de noni para tratar infecção urinária, limonada quente como forma de cura para o câncer, ou até mesmo informações má intencionadas que afirmam que o diagnóstico de autismo pode ser causado pelas vacinações.

“Quando um indivíduo, hoje, alardeia que não é para vacinar porque tem risco disso, daquilo, sem nenhuma comprovação científica, ele tá fazendo um mal imenso à humanidade”, afirmou Raymundo Paraná, médico hepatologista.

A conclusão que se chega é que mais pessoas precisam procurar os hospitais conforme aumenta-se a quantidade de fake news. Uma das vítimas dessas informações falsas é o aposentado Carlos Macedo. Diagnosticado com hepatite, ele preferiu se tratar com chás ditos milagrosos que eram divulgados na internet.

“Quando procurei um especialista, já estava com uma cirrose instalada e dessa cirrose veio um câncer de fígado e tive que me submeter a uma cirurgia”, disse. O aposentado quase morreu pela falta de tratamento adequado.