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O movimento do pré-candidato ao governo da Bahia, Jaques Wagner (PT) em angariar o apoio do Partido Democrático Trabalhista (PDT) nacional pode não ter sucesso. O presidente do PDT baiano Félix Mendonça revelou que a volta para a base de apoio está descartada. Wagner havia comentado que a representação estadual “não quer conversa com o PT”.

“Eu acho estranho a preocupação de Wagner com a chapa de [ACM] Neto. Também a dificuldade da montagem da chapa dele. Ele disse que eu não queria conversar com o PT, na verdade não é não querer. Temos candidato a presidente e na eleição passada o próprio PT se tivesse apoiado Ciro [Gomes] não estaria com Bolsonaro aí. O PT apostou em [Luiz Inácio] Lula [da Silva] e depois colocou [Fernando] Haddad. Todos sabiam que iria perder. A responsabilidade foi também do PT. Isso é o PDT, no nível nacional, Ciro não quer conversar com o PT”, disse.

Félix também revelou que não recebeu nenhum contato de Wagner e nem Carlos Lupi, presidente nacional da legenda, teria confirmado a realização de conversas com o petista. “Não recebi nenhum telefonema dele, não me recusaria a conversar. Mesmo estando em lados opostos. Oposição não quer dizer inimigo. A coisa pública tem que ser tratada com educação. O que o estadual tem feito é em conjunto com a nacional, sempre alinhado. Estive na convenção de Ciro. O próprio Ciro disse que a tendência é conversar com Neto. Claro que ele deve conversar, é uma prerrogativa dele, não condeno não”, comentou.

“Conversar a gente conversa. Dois políticos que devem conversar sobre a Bahia. Não existe retorno para a base. Citaram também esse negócio de barriga de aluguel. Foi uma barriga de aluguel abençoada. Ana Paula é um excelente quadro, movimentações políticas acontecem. Se isso é barriga de aluguel, foi abençoada por Deus”, finalizou. Em declarações recentes, Félix Mendonça Júnior disse que os deputados que apoiarem Wagner “não têm condições de continuar no partido”. (BN)