O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) comentou, em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal Pernambuco, nesta última segunda-feira (23), sobre um possível retorno de aliança entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), visando as eleições em 2022. No entanto, segundo Ciro, ele “não superou os desentendimentos”, com o petista, mas já “restauraram os diálogos”.
“Nós conversamos depois de quase dois anos de desentendimento profundo. Não superamos o desentendimento, mas restauramos o diálogo. Ele me convidou para conversar, e eu acho que política a gente faz conversando, dialogando, mesmo que eu tenha entrado com as mesmas ideias e saído com as mesmas convicções, e ele certamente entrou com as mesmas convicções que saiu. Mas resolvemos tratar nossas diferenças de forma franca, aberta e sincera, pensando na questão do Brasil”, disse.
Ciro destacou que sua desavença com o ex-presidente não é algo pessoal, mas por decisões políticas que o petista tomou, a exemplo, a eleição de Dilma Rousseff como sua sucessora a Presidência da República.
“Eu acho apenas que o Lula, com a imprudência dele, quando impôs a Dilma, para continuar mandando, e a Dilma sem nenhuma experiência, se agarra com a economia mais atrasada, a corrupção generalizada que, infelizmente, não dá pra ser escondida. O Palocci era braço direito do Lula. Isso daí criou as condições no Brasil para o povo brasileiro, por desespero, por raiva, por frustração, e eu compreendo com a minha alma, votar neste absurdo que está se revelando ser o Bolsonaro”, completou.
