Agência Brasil

Em conversas reservadas, o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, tem dito que fará uma transição gradual na sua atuação religiosa. Pastor presbiteriano, Mendonça vai diminuir a presença nas pregações no púlpito e assumir mais trabalhos sociais da igreja.

A interlocutores, o novo ministro afirmou que os gestos mais recentes de manifestação pública da fé precisam ser vistos como agradecimento aos líderes religiosos e aos parlamentares da bancada evangélica. Mendonça, inclusive, atribui a aprovação de sua indicação pelo Senado ao empenho desse segmento.

Dentro desse contexto, Mendonça fará um Culto de Ação de Graças pela posse de ministro do Supremo já na próxima quinta-feira em uma igreja na Asa Sul, em Brasília. O convite é da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil Ministério de Madureira (Conamad).

O novo ministro do STF tem plena consciência de que não apenas foi abandonado pela articulação política do governo, como foi informado que houve trabalho contrário ao seu nome. Ele identificou uma forte atuação de governistas para derrubar sua indicação e colocar no lugar o nome do atual procurador-geral da República, Augusto Aras.

De forma reservada, Mendonça também reconhece a importância da bancada do Podemos na sua eleição. Curiosamente, o Podemos é o partido do ex-ministro Sergio Moro, pré-candidato anunciado à eleição presidencial de 2022. Por Gerson Camarotti/G1