O Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da UFBA (NAMIR) publicou, nesta quinta-feira (20), uma carta em repúdio às falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as meninas venezuelanas de 14 e 15 anos, em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal.

O grupo avalia que as expressões como “pintou um clima” e “arrumadas para ganhar a vida”, usadas por Bolsonaro ao ver as adolescentes venezuelanas, desrespeita “princípios e direitos fundamentais […] de proteção as crianças, adolescentes, mulheres e migrantes/refugiadas”.

“O comportamento do Presidente Jair Bolsonaro expõe a comunidade venezuelana com acusações infundadas, coloca em risco a integridade física e a segurança da população migrante e refugiada no Brasil, principalmente as mulheres, adolescentes e crianças. Estimula atitudes xenofóbica e racista, contrariando a Lei de Migração […] Não se espera esse tipo de comportamento de um chefe de Estado”, diz o manifesto.

O NAMIR reforça ainda que, “se houve algum crime de exploração sexual no local, como afirma o presidente da República, ele deveria ter tomado as devidas providências para garantir proteção às possíveis vítimas”. O comunicado ressalta, por fim, que o acontecia no local citado por Bolsonaro era um evento social e humanitário, “prática que o presidente Jair Bolsonaro desconhece”. Metro1