Foto: Vanessa Rodrigues/Arquivo A Tribuna

Foi com o apelido “Pelé” que Edson Arantes do Nascimento ficou conhecido no mundo todo. Muito antes de começar a acumular títulos no futebol, ainda criança, “Edson” ganhou o apelido como é conhecido hoje. Eterno Rei do Futebol, Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo.

Pelé nasceu em Três Corações, no sul de Minas Gerais. O melhor jogador de futebol de todos os tempos teve uma infância muito humilde.

Amigos de infância de Pelé contam que ele jogava futebol na rua, descalço e com uma bola feita de pano. À época, ele era fã de um goleiro chamado “Bilé” e gritava pelo nome do ídolo quando ficava no gol.

Apesar disso, os amigos do rei não entendiam porque ele gritava “Bilé” sempre que fazia uma defesa. Por causa disso, eles começaram a chamar Edson de “Pelé”. O apelido pegou e o acompanhou por toda a vida.

“Nós não entendíamos nada quando ele defendia uma bola e falava isso. Ninguém sabia quem era esse goleiro. Então, com essa de Bilé para cá e para lá, começamos a chamá-lo de Pelé. Ele não gostou, e foi aí que o apelido pegou mesmo”, disse Raul Marçal da Silva, amigo de Pelé, em entrevista à BBC.

Carreira brilhante

Edson Arantes do Nascimento nasceu no dia 23 de outubro de 1940, no sul de Minas Gerais. Ele é filho de Celeste e de João Ramos do Nascimento, jogador de futebol conhecido como Dondinho.

Desde criança, já com o apelido de Pelé, ele queria seguir os passos do pai no esporte. Sua família se mudou para Bauru, no interior de São Paulo. Lá, ele começou a carreira no futebol amador de campo e de salão.

Aos 15 anos, Pelé foi levado para fazer um teste no Santos. Foi contratado pelo clube em 1956 e já começou a se destacar na equipe. No ano seguinte, foi convocado para a seleção brasileira, que se preparava para a Copa de 1958.

Aos 17 anos, ele foi para a Copa da Suécia e, mesmo sendo reserva nos dois primeiros jogos, marcou seis gols, ajudando o Brasil a ser campeão pela primeira vez. No ano seguinte, foi artilheiro do Campeonato Sul-Americano de Futebol.

Na Copa de 1962, no Chile, consagrado no Santos, ele fez uma boa partida contra o México na estreia, mas sofreu uma distensão muscular contra a Tchecoslováquia e não jogou o resto do torneio. Em 1966, também sofreu lesões nos jogos contra a Bulgária e Portugal.

Em 1970, já chamado de o “Rei do Futebol”, Pelé viveu o auge da sua carreira na Copa do México, aos 29 anos. Em seis jogos, ele fez quatro gols, seis assistências, encantou o mundo e ajudou o Brasil a levar o tricampeonato.

Sua despedida da seleção brasileira veio apenas em 1990. Aos 50 anos, Pelé jogou um amistoso na Itália contra um combinado de jogadores estrangeiros.

Ao fim de sua carreira, ele registrava a marca de 1.365 jogos, com 1.283 gols. Pelé então se tornou um embaixador mundial do esporte. G1