G1

A Polícia Federal começou a cumprir nesta terça-feira (14), mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, em uma fase da Lava Jato que investiga crimes eleitorais. Os agentes fizeram buscas no gabinete e no apartamento funcional do parlamentar em Brasília e na sede da Força Sindical, à qual ele é ligado, em São Paulo.

Ao todo, são sete mandados de busca e apreensão nas duas cidades. Também foi determinado o bloqueio judicial de contas bancárias e de imóveis dos investigados, em decisão que partiu da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

De acordo com as investigações, foi constatada a existência de indícios do recebimento de doações eleitorais não contabilizadas durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, os pagamentos ocorreram através da simulação da prestação de serviços advocatícios e também com o pagamento de valores em espécie através de doleiros contratados. O escritório de advocacia supostamente envolvido na simulação da prestação de serviços tinha como um dos seus sócios o genro de Paulinho da Força.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas previstas de 3 a 10 anos de prisão. A assessoria de imprensa do parlamentar informou em nota que Paulinho da Força “desconhece os fatos apurados” e que “suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral”. G1