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No relatório que embasou a Operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal (PF) aponta a necessidade de apurar se o comandante do Exército, Freire Gomes, e o da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Junior foram omissos em relação a tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Segundo o relato feito pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria sinalizado adesão a um eventual golpe de Estado. Ele é o único dos três comandantes alvos da operação. Contudo, a PF indica que a postura de Baptista Junior e de Freire Gomes poderia indicar omissão.

“Conforme o exposto, os fatos apresentados revelaram a adesão e participação de vários militares aos atos que estavam sendo desenvolvidos pelo grupo investigado na tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, diz o documento obtido pelo blog.

“Em relação ao general Freire Gomes e ao brigadeiro Baptista Junior, os elementos colhidos, até o presente momento, indicam que teriam resistido às investidas do grupo golpista. No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na investigação para apurar uma possível conduta comissiva por omissão pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes”.

A Operação Tempus Veritatis foi deflagrada em 8 de fevereiro para apurar uma tentativa de golpe articulada dentro do governo Bolsonaro. Ao todo, 16 militares foram alvos. Em nota, o Exército diz que tomará eventuais providências em conformidade com o que for decidido no inquérito, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A Aeronáutica foi procurada, mas não se manifestou até a última atualização deste post. G1