A Polícia Civil do Rio pediu a quebra de sigilo telefônicos dos dois filhos do pastor Anderson do Carmo, presos por suspeita de envolvimento na morte do pai. Na manhã desta terça (18), Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, filho biológico da deputada federal Flordelis (PSD), teve crise de pressão alta com dores de cabeça e precisou de atendimento médico. Ele passou a noite preso na Divisão de Homicídios de Niterói.

Flávio e um irmão, Lucas dos Santos, 18 anos, são suspeitos de matar o pai adotivo na madrugada de domingo (16). Uma das linhas de investigação é que a morte foi para vingar uma relação extraconjugal de Anderson. Por volta das 11h, o promotor Sérgio Luís Lopes Pereira chegou à Delegacia de Homicídios de Niterói e informou ao G1 que o Ministério Público do Rio de Janeiro vai entrar no caso.

Preso no enterro do pai

Na última segunda-feira (17), a polícia agiu discretamente e prendeu Flávio, filho biológico de Flordelis – a deputada e Anderson do Carmo registraram 55 filhos, a maioria, adotada. Flávio tinha um mandado de prisão por violência doméstica. Lucas, de 18 anos, que também é adotado, foi preso na casa onde o pastor foi morto.

Quando era menor, ele se envolveu com tráfico de drogas. A deputada Flordelis rechaçou a hipótese de que um de seus filhos seja o autor do crime: “Isso é ridículo, acusar alguém sem provas”. Ela acredita que o crime foi uma tentativa de assalto. “É nisso que eu acredito, que foi um assalto, e que ele morreu defendendo a família”, disse Flordelis durante o enterro.

30 marcas de tiros no corpo

Anderson foi assassinado com pelo menos 15 tiros na madrugada de domingo (16), na garagem de sua residência, em Pendotiba, Niterói. O laudo do Instituto Médico-Legal aponta que o corpo de Anderson tinha 30 perfurações, a maioria na região da virilha e da coxa, com nove.

Oito disparos foram feitos na região do peito, e um tiro foi na cabeça, feito à curta distância. Segundo a polícia, essa informação aumenta a possibilidade de que o criminoso tenha atirado com a intenção apenas de matar o pastor. G1