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Por 12 votos contra 5, o Conselho de Ética da Câmara decidiu pelo arquivamento do processo contra o deputado federal André Janones pela prática de rachadinha em seu gabinete. A votação desta quarta-feira (5) aprovou o relatório de Guilherme Boulos, recomendando o arquivamento. A informação é da coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles.

A coluna de Cappelli aponta que o parecer de Boulos foi apresentado ao Conselho no dia 15 de maio, mas não foi votado devido ao pedido de vistas dos deputados Alexandre Leite e Cabo Gilberto. No parecer, Boulos alegou que o caso aconteceu antes do exercício do atual mandato de Janones, iniciado em 2023.

O Metrópoles destaca que Janones foi gravado em 2019, no início de seu primeiro mandato como deputado, cobrando parte dos salários para recompor seu patrimônio, “dilapidado” na campanha pela prefeitura de Ituitaba em 2016. No aúdio, divulgado pela coluna em novembro de 2023, ele também sugere a criação de uma “vaquinha” para a campanha de 2020.

“Eu pensei de a gente fazer uma vaquinha entre nós, e aí nós vamos decidir se vai ser R$ 50, se vai ser R$ 100, R$ 200, se cada um dá proporcional ao salário. Se cada um der R$ 200 na minha conta, vai ter mais ou menos R$ 200 mil para a gente gastar nessa campanha”, afirmou o parlamentar.

Ainda segundo o Metrópoles, em sua defesa no Conselho de Ética, Janones afirmou que os servidores faziam “contribuições espontâneas” e disse estar sendo vítima de “perseguição política”.

“As acusações de ‘rachadinha’ foram feitas com base em um áudio editado e descontextualizado, não de um parlamentar com seus assessores, mas de um grupo político, que visava se fortalecer para disputar eleições, não se tratava de devolver salários, mas de contribuições espontâneas, com a participação do parlamentar, sem quaisquer obrigação ou valores definidos, como fica claro no áudio apresentado”, alegou Janones.