Foto: Cesar Baima

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, agradeceu nesta terça-feira ao Museu Americano de História Natural o cancelamento de evento de premiação do presidente Jair Bolsonaro que seria realizado no local.

Na mensagem via sua conta oficial na rede social Twitter, Blasio voltou a classificar Bolsonaro como um “homem perigoso”, cujos “racismo, homofobia e decisões perigosas terão um devastante impacto no futuro de nosso planeta”.

Em entrevista à rádio americana WNYC na sexta-feira passada, De Blasio, que faz parte da ala mais à esquerda do Partido Democrata, já havia dito que se preocupa com os planos de Bolsonaro para a exploração da Amazônia — algo que o novaiorquino afirma que poderia colocar todo o planeta em risco —, bem como seu “racismo evidente” e sua “homofobia”, pedindo ao museu o cancelamento do evento que a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos havia marcado no local para o próximo dia 14 de maio.

— Esse cara é um ser humano muito perigoso — afirmou então De Blasio. — Eu certamente peço ao museu que não permita que ele seja recebido lá.

Bolsonaro é o convidado de honra do evento, no qual receberá o título de “Pessoa do Ano” concedido pela Câmara. Ao saber quem seria o homenageado, o que não foi informado no momento da reserva do espaço, o Museu Americano de História Natural se mostrou “profundamente preocupado”, acabando por decidir cancelar a reserva nesta segunda-feira.

“Com respeito mútuo pelo trabalho e metas de cada uma de nossas organizações, concordamos em conjunto que o museu não é a melhor localização para o jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Este evento tradicional vai ocorrer em outro local, na data e na hora originais”, informou o museu, sediado em Nova York, no Twitter. Informações do jornal O Globo