Um dos três suspeitos de estuprar uma turista espanhola em Caraíva, distrito de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, foi preso na tarde desta quarta-feira (4). De acordo com a Polícia Civil, o homem ofereceu carona à vítima, a levou a um lugar afastado e, no local, a estuprou com a participação de outros dois homens. Após o crime, que ocorreu em 25 de julho, a polícia disse que a vítima era uma mulher de nacionalidade espanhola, mas não detalhou se era turista ou morava em Caraíva.

Já nesta quarta, a polícia informou que a mulher morava no distrito. Ainda de acordo com a polícia, o homem preso, nesta quarta-feira, identificado como Parajuí Ferreira, é um indígena de 21 anos e foi preso na aldeia Xandó, também no distrito de Caraíva. Em depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Seguro, a vítima detalhou que pegou uma carona com um motorista de quadrículo para uma área de estacionamento da Xandó.

Ao chegar ao local, ela foi surpreendida por outros dois homens. Os três estupraram a turista. As buscas continuam para encontrar os outros dois homens que estavam com ele, no momento do crime. Conforme informou a polícia, foi cumprido o mandado de prisão preventiva e o suspeito será encaminhado para a sede da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) em Eunápolis, onde ficará à disposição da Justiça.

O advogado do suspeito, Carlos Frederico, negou que ele tenha cometido o crime. “Ele realmente deu carona para ela, em um quadrículo, tinham roubado o celular dela. Ele pegou, deu carona para ela, eles estavam em uma festa, levaram para o Xandó. Mas não aconteceu nada, tanto que ele continuou levando a vida normal dele”, disse o advogado.

No entanto, de acordo com o coordenador regional de Polícia Civil, delegado Moisés Damasceno, a versão apresentada pelo suspeito não convenceu a polícia. “Segundo investigações, que foram realizadas pela delegacia de Trancoso, esse seria o cidadão que teria dado carona para a vítima e a teria estuprado com a ajuda de outros dois homens, que teriam a segurado a força, enquanto ele praticava os atos sexuais”, disse.

“Há informações também que existem outras vítimas, que já começaram a procurar a delegacia de polícia. Então vamos verificar se essas vítimas o reconhecem como autor ou se são vítimas de outros autores, mas é bastante importante afirmar que até o celular da vítima foi levado e localizado próximo da casa dele”, explicou Moisés Damasceno. G1