Os professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) deliberaram por aderir à greve docente nacional. A decisão aconteceu durante a Assembleia Geral da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), que ocorreu em Cruz das Almas. De acordo com a votação, que abrangeu filiados e não filiados, o movimento paradista começa na próxima segunda-feira, 13, respeitando o prazo mínimo de 72 horas para o início. Ao todo, 288 professores/professoras participaram da assembleia.

Foram 221 votos favoráveis à greve, 36 contrárias e 9 abstenções, que totalizaram 266 votos. Após a aprovação, os/as docentes votaram sobre o início da greve. Por 191 votos favoráveis contra 44 votos contrários e 12 abstenções ficou decidido que o movimento começa nesta segunda-feira, 13, 72 horas após a notificação de greve à reitoria.

Campanha salarial e recomposição orçamentária

A deflagração de greve na UFRB é uma resposta ao congelamento dos salários deste ano proposto pelo governo federal, bem como a manutenção dos cortes orçamentários na instituição, que ocorrem desde o governo Temer, em 2016. É necessário e urgente que o governo volte a priorizar a educação, reconhecendo as necessidades da categoria e acatando-as. Além da UFRB, cerca de outras 50 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) também tiveram as atividades docentes paralisadas.

EFRB

A Reitoria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) disse em nota que recebeu ontem, dia 09 de maio de 2024, a comunicação da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (ANDES-SN), que em assembleia representativa, os professores da UFRB decidiram aderir ao movimento nacional dos docentes das instituições federais de ensino superior, deflagrando greve, a partir da próxima segunda-feira, 13 de maio, em todos os nossos campi.

A Reitoria da UFRB, reconhecendo o legítimo direito de greve e luta dos trabalhadores, se compromete com a mediação e manutenção do diálogo que deverá acontecer, conforme solicitação da entidade sindical, através da imediata instalação de mesa de negociação, na busca de consensos que assegurem a manutenção das atividades e serviços essenciais, considerando as especificidades de cada Centro de Ensino.

A UFRB, buscando o atendimento dos interesses de nossa comunidade, espera que as justas reivindicações apresentadas pela categoria docente sejam consideradas pelo Governo Federal e que esse processo contribua para o fortalecimento das universidades públicas federais do Brasil. Tribuna da Bahia