Foto: Alejandro Zambranaa/Secom TSE

Nesta quarta-feira (31) ocorreu a reunião entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Mores, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para discutir as eleições. O encontro contou com a participação de técnicos da corte eleitoral e das Forças Armadas. Um dos presentes foi o coronel Marcelo Nogueira de Souza, que em julho afirmou no Senado que não havia informações que comprovassem a segurança das urnas contra uma “ameaça interna”.

“No que tange à vulnerabilidade interna, até o momento a gente não tem disponível documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva que a solução é segura em relação a uma ameaça interna”, disse o coronel durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, realizada em 14 de julho. Na mesma fala, Nogueira de Souza reconheceu ainda haver um grande nível de proteção das urnas contra ameaças externas.

O encontro entre as áreas técnicas dos dois órgãos era um pleito antigo da Força Armada que havia sido rejeitado pelo antecessor de Moraes na Corte Eleitoral, ministro Edson Fachin, e foi um dos temas abordados no primeiro encontro entre o magistrado e o ministro da Defesa, na semana passada.

Marcelo Nogueira de Souza também chefiou a equipe que inspecionou o código-fonte das urnas entre os dias 3 e 19 de agosto. O trabalho ficou marcado pela expulsão do coronel Ricardo Sant’Anna, integrante da comitiva, que compartilhou desinformações sobre o sistema eleitoral nas redes sociais.

Lacração das urnas
Até o momento, os militares não apresentaram relatório sobre a inspeção do código. Na sexta-feira (2) será realizada uma cerimônia pública para lacração dos sistemas, a partir da qual não será mais possível interferir com o sistema das urnas. Não há registros de fraudes nos equipamentos desde sua implantação, em 1996. Bahia.ba