Dentro ou fora do tempo necessário para construir confortavelmente estratégias eleitorais, o governador Rui Costa (PT) enfim aterrissou a atenção nas articulações para as eleições municipais em Salvador. Uma resposta imediata desse start é a concretização de duas opções reais para compor a chapa com a candidata petista, Major Denice. Já dado como certo, o lugar de vice ficará entre o Podemos e o PSB.

A primeira opção, no entanto, personificada no deputado federal Bacelar, demonstra mais maleabilidade para o diálogo. Tão certo que, na sexta-feira (28), os pré-candidatos se encontraram e conversaram por quatro horas, acompanhados por aliados, dirigentes partidários e coordenadores de campanha.  Ao fim, o que se publicou foi um “acordo de cavalheiros”.

Um pacto de “não-agressão” entre si e convergência na ampliação do olhar sobre as falhas da administração de ACM Neto (DEM). Ao que parece, o tempo foi suficiente para compensar os não diálogos tão reclamados durante o processo.

Já a segunda opção mexe um pouco na programação inicial do aliado PSB, que desde sempre insiste no nome da deputada federal e presidente estadual da sigla, Lídice da Mata. Há algumas semanas, a deputada chegou a afirmar que o partido poderia optar por um “voo solo”.

À época, também negou os rumores sobre a indicação da deputada estadual Fabíola Mansur para compor chapa com Major Denice. E é exatamente nesta resistência que a nova postura do “líder” da oposição ao grupo do prefeito ACM Neto está trabalhando.

Fonte próxima ao governador garantiu que ele pessoalmente está tratando deste tema, pois o cenário é um tanto mais delicado. Outra aresta visível nesta possível composição é o fato de Lídice não ser opção de Rui para vice pesar muito mais do que a própria postura da deputada federal. Sendo com o PSB, não há a opção de uma chapa Major Denice e Lídice da Mata.

O foco é Fabíola Mansur. Nos bastidores, a informação é que, por enquanto, o assunto ainda não pode ser debatido na imprensa. Não se pode também perder de vista a orientação da direção nacional do PSB, que descartou a possibilidade de alianças com o PT nas eleições 2020 sob o argumento de que “entre o PT e o Brasil, o PT sempre ficou consigo mesmo”. Bahia Notícias