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O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, defendeu em entrevista ao programa Estúdio i, na sexta-feira (29), que policiais usem câmeras corporais acopladas ao uniforme. Ele disse, ainda, que está confiante de que a adoção do equipamento por todas as polícias acontecerá.

“Claro que tem que ter câmera corporal […] desde o início do ano a gente vem conversando, de início com algumas resistências, mas estou muita confiante de que todas as polícias vão adotar as câmeras corporais. Até o fim do ano a gente [vai] publicar diretrizes, um parâmetro para o tratamento dos dados”.

Cappelli disse que o crime está cada vez mais verticalizado e organizado, cada vez mais poderoso e fortalecido. Ele afirma que as organizações criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo se expandiram para outras partes do país, como a Bahia.

“Elas [organizações criminosas] estão cada vez mais poderosas e se fortaleceram nos últimos quatro anos por causa de uma política irresponsável de liberação indiscriminada das armas. Onde essas armas foram parar? Na mão do crime organizado”, afirmou.

O número dois do Ministério da Justiça se reuniu nesta sexta com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para discutir segurança. Na ocasião, Cappelli adiantou que na próxima segunda-feira (2), o ministro Flávio Dino lançará um programa nacional de enfrentamento às organizações criminosas.

“Essa ação nossa aqui hoje como o governo do Rio não é uma ação isolada. Atuamos em conjunto com o governo do Rio Grande do Norte, com o da Bahia, e vamos atuar junto com o governo do Rio. Esse talvez seja o maior desafio da segurança pública do Brasil: colocar de pé o SUSP, Sistema único de Segurança Pública”, afirmou.

Uma das frentes de combate ao crime organizado será fiscalização de portos, aeroportos e fronteiras —meios usados para levar drogas para fora do país.

Questionado sobre associação entre agentes das forças de segurança com criminosos, Cappelli afirmou que a maior parte das polícias faz um “trabalho sério e honesto”, e disse que “toda organização tem os maus policiais. O desafio é trabalhar com o equilíbrio”, disse. G1