Foto Alan Santos/PR

O ex-presidente Michel Temer (MDB) criticou o processo de impeachment brasileiro, mecanismo de afastamento de cargo que o alçou à Presidência da República em 2016, durante entrevista ao portal Metrópoles no (5). Segundo ele, “não dá mais pra viver em um país que só pensa nisso”. “Não dá mais para aguentar essa história de a gente ter impeachment toda hora. A nossa Constituição é adolescente, vai fazer 33 anos daqui a pouco, e [nesse período] já tivemos dois impeachments. Se eleito outro presidente, logo vai começar uma nova campanha pelo impeachment. Não dá mais para viver em um país que só pensa nisso”, afirmou. Desde a recente democratização do Brasil, apenas dois presidentes tiveram o mandato no comando do país abreviado: Dilma Rousseff (PT), em 2016, e Fernando Collor, em 1992. O emedebista reconheceu que as manifestações populares engatilharam o processo de impeachment do governo Dilma, e fez uma leitura do cenário atual, afirmando que não enxerga paralelos nem um ambiente favorável ao afastamento do presidente Jair Bolsonaro. “Não vejo pessoas vocacionadas a decretar o impeachment do presidente. Isso dependeria, naturalmente, do gesto do presidente da Câmara dos Deputados. E eu não vejo essa tendência de deflagração do processo de impeachment”, pontuou.