O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu dicas nos últimos dias sobre supostas provas que teria sobre fraudes na apuração dos resultados eleitorais desde 2014. A fonte da tese teria aparecido em um vídeo divulgado em outubro de 2018 por Naomi Yamaguchi. A informação é do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Ela é administradora de empresas, irmã da médica Nise Yamaguchi e foi candidata a deputada federal pelo PSL de São Paulo. Naomi recebeu 5.905 votos e não foi eleita.

Bolsonaro disse a jornalistas, na última segunda (12), após sair de um encontro com o presidente do STF, Luiz Fux, que “uma especialista” fará apresentação pública para comprovar a tese. O presidente, no entanto, não citou data pois a pessoa estaria com Covid-19. Ainda nesta semana, na terça-feira (13), ele prometeu que “algo bombástico” será divulgado em transmissão ao vivo desta quinta (15).

Na semana passada, em conversa com apoiadores, citou a apuração de votos no segundo turno de 2014, na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). “No minuto a minuto, o Aécio começou na frente e, com o tempo, as curvas foram se cruzando até que se estabilizaram na horizontal, com a Dilma na frente”, disse. “No minuto a minuto, por 271 vezes consecutivas [Aécio e Dilma teriam se alternado], dá pra imaginar?”, completou Bolsonaro.

A tese é defendida por Naomi Yamaguchi em vídeo publicado no Facebook, em 24 de outubro de 2018. Ela aparece entrevistando um homem que se identifica como Alexandre Chut, sem revelar mais informações sobre si mesmo. O entrevistado explica que fez contas sobre o incremento de votos para cada candidato na apuração minuto a minuto fornecida pelo TSE e que encontrou indícios de fraude por um padrão não natural no registro após Dilma assumir a liderança. Em vídeo comparativo, é possível ver as explicações usadas por Bolsonaro e pelo entrevistado. (BN)