Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

O Vitória confirmou a fase de reação ao bater o Atlético-MG por 4 a 2, na noite desta quinta-feira, e deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Matheusinho abriu o placar, Willian Oliveira anotou dois gols e Culebra completou com mais um para o grande triunfo rubro-negro. Scarpa e Palacios marcaram para os visitantes. No jogo desta quinta-feira, o técnico Thiago Carpini fez mudanças na escalação, mas forçadas. Raul Cáceres entrou no lugar de PK, suspenso, enquanto o volante Caio Vinícius substituiu o zagueiro Camutanga, que se machucou no aquecimento. Na entrevista coletiva, Carpini explicou as escolhas e celebrou o resultado.

– É uma vitória importante. Vamos resgatando a confiança e entendendo o que é proposto. Ficamos felizes pelo que aconteceu, mas página virada, sem muito euforia. É uma competição de recuperação. Vai ser assim até o final, até a 38ª rodada. Vamos ter dificuldade. Hoje perdemos Camutanga lesionado no aquecimento e não tínhamos um zagueiro destro no banco. Pensando nisso, eu já tinha treinado o Vinícius. Aqui tudo é trabalhado. Feliz também pela volta do Raul, a gente ganha mais uma opção. Resgatamos o Raul. Ele era muito criticado. A partir do momento que a gente chega, precisa dar carinho. Hoje o Eryc Castillo (Culebra) fez o gol. Vamos ter paciência, vamos resgatar, recuperar, não vamos perder ninguém não. Os resultados acontecendo o discurso fica mais fácil, mas se fosse na derrota eu falaria a mesma coisa em relação aos atletas, aos seres humanos. Apesar das mudanças na escalação, Carpini destacou que “encontrou” e uma “maneira de criar vínculos”.

– Acredito que sim. Eu acho que encontrei uma maneira da gente criar vínculos. Ter compromisso um com o outro. Hoje temos uma unidade bacana. Já entendi de onde posso tirar de cada um. O controle do ambiente, o início foi desafiador, coisas que só dizem respeito ao interno. Colocar alguns limites dentro do processo. Isso é natural em um time que foi vitorioso. Às vezes você ganha e perde o foco. Eu não vejo futebol assim. Quero resolver os pequenos problemas. Acho que hoje tenho o grupo na mão. Eu os respeito eles, e eles me respeitam. Tudo dentro de um equilíbrio. O treinador também comentou o desempenho do volante Willian Oliveira, artilheiro do Brasileirão com cinco gols ao lado de Everaldo, do Bahia.

– O Willian é um jogador já formado, talentoso. Eu cobro muito dele desde que eu cheguei aqui. Acho que ele tem um porte físico, pernas longas que facilitam a passada para jogar de área a área. Acho que ele tem capacidade muito boa de finalizar. Não só pelos gols, mas ele tem o timing de mudar a jogada. Eu cobro muito para que ele chegue na área, e é ali que ele tem feito os gols. Pisando na área. Eu cobro isso de todos os jogadores que fazem a função. No mais, o que tem acontecido é mérito dele. Quero que o Léo Naldi faça mais isso também. Ideias que vamos propondo e ele vai aceitando.

“Eu já tentei trabalhar com ele em outro clube. Conheço ele desde o Guarani. Gosto de acompanhar o mercado, assistir jogos de todas as divisões. Ele é um cara que não faz muita força para percorrer grandes distâncias, e com a bola é um cara técnico. A gente viu as qualidades. Eu adiantei ele um pouco mais. Acho que ele se adaptou bem nessa função”.
Com energias renovadas após a fuga da zona do rebaixamento, o Vitória agora volta suas atenções para outro confronto difícil. Neste domingo, o Rubro-Negro vai até São Paulo, onde enfrenta o Bragantino, pela 11ª rodada do Brasileirão. A partida está marcada para 18h30 (horário de Brasília). Globoesporte