REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Após criar uma série de teorias da conspiração, chorar com frequência e confrontar os outros participantes do BBB24, a influenciadora Vanessa Lopes apertou o botão de desistência do confinamento e deixou o reality nesta sexta-feira (19).

Nos últimos dias, Vanessa se tornou um dos assuntos mais comentados da rede social ‘X’, o Twitter. Internautas questionavam a saúde mental da agora ex-BBB e até os pais da influenciadora se posicionaram nas redes.

A brasiliense Vanessa Lopes tem 22 anos, mas foi criada em Recife, Pernambuco. É dançarina e criadora de conteúdo, e tem mais de 30 milhões de seguidores em suas redes sociais.

Por hobby, começou a gravar vídeos dançando aos 13 anos. O conteúdo foi se espalhando pela internet e, hoje, além das coreografias virais, destaca-se pelas publicações sobre maquiagem, fitness e rotina familiar.

“Gosto de me jogar em tudo que me aparece pela frente”, diz. No ano passado, em entrevista ao g1, Vanessa se descreveu como uma mulher comunicativa e sociável. Ainda segundo ela, ler livros sobre Psicologia e estudar a mente humana estão entre seus hobbies.

A história de Vanessa com o TikTok começou antes de o próprio aplicativo existir.

Em 2014, com 13 anos, ela mantinha um perfil no finado Musical.ly, plataforma onde usuários gravavam e postavam vídeos com duração de 15 segundos a um minuto, acompanhados por música.

O perfil Musical.ly tfoi criado em 2014 e vendido para a ByteDance em 2017, onde ganhou o nome TikTok.

Com a venda, todas as pessoas cadastradas no Musical.ly foram automaticamente integradas à rede social chinesa.

“Para mim, foi como se não tivesse mudado. Gravo conteúdos no estilo do TikTok desde que tinha 13 anos”, resume Vanessa.

Ela seguiu gravando, simplesmente porque se divertia com a atividade, que a permitia praticar a chamada de dança de cintura. “Eu fazia muito belly dance, pegava referência das meninas que eram famosas na França, na Espanha.”

Naquela época, dez anos atrás, Vanessa ainda estava no ensino médio e usava o app para se comunicar com amigos. Postava três vezes por mês: “Gravava raramente, quando lembrava, para amigas e amigos verem”.

A diversão começou a ganhar ares de seriedade com o início da pandemia, quando Vanessa já estava na faculdade de publicidade. Com mais tempo livre em mãos, ela criou uma agenda de produção.

“Comecei a acordar cedo e gravar. Fazia quatro ou cinco tiktoks por dia e ia postando.”

Foi assim que sua relação com o aplicativo começou a mudar. Ela conta que, mesmo sem perceber, já tinha o hábito de atentar para o funcionamento da plataforma.

“Via muito conteúdo, o que estava viralizando, o que achava legal, o que meus amigos e as pessoas que eu seguia estavam fazendo”, diz.

A dançarina continuou nessa rotina por três meses até que foi encontrada pela Chango Digital, agência que a representa até hoje. O contrato foi assinado com a empresa ainda em 2020 e, assim, o TikTok se tornou fonte de renda e vitrine que a levou a ser vista por diferentes marcas.

A partir de então, todos os contratos que assinou para publicidade passaram – e ainda passam — pelas mãos de seu pai e da agência. “Eles têm a porcentagem deles (nos contratos) e eu tenho a minha”, diz Vanessa.

Quando o que até então era diversão virou trabalho, conciliar a faculdade com a rotina de gravações se mostrou inviável e ela trancou o curso de publicidade para se dedicar exclusivamente à nova ocupação. G1