O Vitória é um time em formação, e isso fica claro quando as escalações utilizadas desde o retorno do futebol são analisadas. Sob o comando do técnico Bruno Pivetti, o Rubro-Negro disputou nove partidas, e só uma vez manteve as peças da equipe titular entre uma partida e outra. Nos jogos contra Sampaio Corrêa e Figueirense, Pivetti escalou o Vitória com Ronaldo, Jonathan Bocão, João Victor, Gabriel Futado e Thiago Carleto; Guilherme Rend, Fernando Neto e Marcelinho; Alisson Farias, Vico e Caicedo.
Com o tempo, algumas mudanças foram realizadas. Alisson Farias se machucou e acabou substituído por Mateusinho. Caicedo perdeu a vaga de titular para Léo Ceará. O treinador também realizou alguns experimentos, como escalar Rodrigo Andrade no meio-campo para reforçar o setor de marcação. Para a partida desta quarta-feira, contra o Ceará, no Barradão, pela terceira fase da Copa do Brasil, o time passará por mais uma mudança. João Victor está suspenso e deverá ser substituído por Gabriel Furtado.
Questionado sobre as constantes modificações na equipe, o técnico Bruno Pivetti explicou que, em alguns casos, o quadro físico dos jogadores é a principal motivação para as alterações. O treinador destacou que não faz mudanças de acordo com o adversário e, em alguns casos, como o de João Victor, é obrigado a mexer na equipe.
– Em relação ao adversário, não tem absolutamente nada a ver. Essa dimensão, que costumo chamar de questão mais estratégica, é importante, mas até certo ponto. Temos uma ideia de jogo bem definida, que independe do adversário. Claro que estudamos o adversário, temos um excelente departamento de análise de desempenho, e dentro desses estudos procuramos a melhor maneira de neutralizar os pontos fortes do adversário e atacar as vulnerabilidades. Mas nossa ideia é que vai contar. Agora, temos a necessidade de rodar a equipe, e o Vitória tem um elenco qualificado para isso, muito em função da sequência de jogos. Então, para que possamos manter o mesmo nível de intensidade, de entrega, em todos os jogadores, nós temos que eventualmente realizar algumas trocas por essa necessidade do calendário extremamente apertado. Procuramos ser sempre o mais intenso possível nos jogos, além de prevenir os jogadores de eventuais lesões, que com a sobrecarga constante aumenta a chance.
Com um time diferente daquele que empatou em 2 a 2 com o CRB na última rodada da Série B, o Vitória buscará a classificação diante do Ceará. Avançar de fase significa um reforço de R$ 2 milhões em premiação para o clube. O dinheiro é importante, mas Pivetti avalia que não pode ser o motivo principal para brigar pela vaga.
– Sabemos que a questão financeira é importante. Mas o mais importante é a questão competitiva. Vamos competir, esperamos sair com a classificação. A questão do recurso financeiro tem que ser encarada como mera consequência de um bom trabalho realizado, e não um fim em si próprio. Nosso objetivo é sempre conseguir a vitória, e amanhã vamos brigar muito por essa classificação.
Como perdeu o jogo de ida para o Ceará por 1 a 0, o Vitória precisa vencer a partida desta quarta-feira por pelo menos dois gols de vantagem para ficar com a vaga no tempo regulamentar. Se vencer por apenas um gol, o Rubro-Negro leva a decisão para os pênaltis. Globoesporte