Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Pela primeira vez na história, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou, nesta quinta-feira (9), uma sessão com uma bancada com duas ministras negras: Edilene Lôbo e Vera Lúcia Santana Araújo. Além disso, essa foi a quarta com mais ministras do que ministros no plenário.

A ocasião contou com uma plateia de deputados da bancada negra da Câmara. Edilene e Vera Lúcia ocupam vagas de ministras substitutas na classe de juristas. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), celebrou o momento e destacou a diversidade do TSE.

“Isso é muito importante, não só a participação igualitária da mulher, mas também a participação igualitária de negros e negras na Justiça Eleitoral. O TSE sempre foi, dos tribunais superiores, o tribunal mais diversificado. É muita alegria isso”, disse.

Ainda de acordo com o ministro, a Justiça Eleitoral tem atuado para garantir a participação de mulheres na política e as candidaturas negras.

“Esse TSE tem uma série de decisões garantindo os 30% de participação feminina, garantindo que 30% proporcionais também do recurso partidário, tempo de televisão, depois foi esse TSE que votou a proporcionalidade do fundo partidário para as candidaturas negras, e isso é muito importante”, afirmou.

Já Cármen Lúcia, primeira mulher a presidir o TSE, falou sobre a herança estrutural de desigualdade. “[Isso] revela apenas uma estrutura de organização social e de organização do poder que nos coloca em posição de desprestígio, desvalor e até mesmo de impossibilidade real de igualdade entre mulheres e homens para participar e contribuir”, afirmou Cármen. BNews