Candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto resolveu intensificar a estratégia de comparar sua trajetória política com a do adversário político neste segundo turno, Jerônimo Rodrigues (PT). Em dois dias, o ex-prefeito de Salvador fez cinco publicações nas redes sociais digitais em que faz essa comparação.

No dia 4 de outubro, por exemplo, Neto publicou que ele foi “eleito oito vezes melhor gestor do Brasil, eleito três vezes deputado e duas vezes prefeito”. Também escreveu que teve “85% de aprovação, e transformou Salvador”. Ao falar do oponente, anotou que Jerônimo Rodrigues foi “secretário que deixou a Educação com as piores notas do Brasil, nunca foi eleito, nem sabia que seria candidato”. “Quem compara não tem dúvida: é ACM Neto, o mais preparado pra governador da Bahia”, afirmou.

Ontem, em entrevista à rádio Piatã FM, Neto disse que o eleitor votou em Jerônimo Rodrigues sem conhecer o currículo. “Muitos baianos não sabem e, infelizmente, votaram nele sem saber que ele foi o secretário de Educação do estado da Bahia. E que o resultado do trabalho dele é que a Bahia tem a segunda pior nota de todo o país na Prova Brasil. Nós só estamos à frente do Maranhão. A Prova Brasil mede a aprendizagem dos nossos alunos em português e matemática e nós temos a segunda pior nota do país. Isso é uma vergonha. Essa turma que está aí há 16 anos teve muitas oportunidades de investir na educação, de cuidar dos nossos jovens, e está aí o resultado. Quem foi o secretário responsável por isso? Jerônimo Rodrigues”, declarou.

“Ele foi testado e reprovado, essa é a verdade. O trabalho que ele fez, o resultado foi deixar a Bahia em penúltimo lugar no Brasil. Será que é isso que nós queremos para um governador? Será que é esse tipo de candidato, com esse histórico, com esse perfil, que nós queremos para cuidar de toda a Bahia, de todos os problemas do nosso estado? Eu tenho certeza de que não”, acrescentou.

No primeiro turno das eleições, Jerônimo Rodrigues venceu ACM Neto. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista teve 49,45% dos votos válidos contra 40,80% do ex-prefeito de Salvador. Foi uma vitória com 700 mil votos de diferença. Tribuna