Pelo menos nove alertas de problemas de segurança foram emitidos pelo sistema de monitoramento e fiscalização de barragens da Agência Nacional de Mineração (ANM) em 2018. De acordo com a entidade, em três casos, a intervenção preventiva e a correção da anomalia evitou que as barragens se rompessem, como aconteceu na última sexta-feira (25) na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. No caso dessa barragem, os dados foram satisfatórios e nenhum alerta foi emitido.

De acordo com a ANM, em entrevista coletiva no Ministério de Minas e Energia (MME), nesta sexta (1º), o sistema de monitoramento é alimentado quinzenalmente pelas próprias mineradoras e os dados passam pela análise dos técnicos da agência.

Ainda conforme a agência, a partir de junho deste ano, os alertas passarão a ser automatizados, com prioridade para barragens a montante com dano potencial associado alto, que podem atingir pessoas, o que deve dar mais precisão no monitoramento.

De acordo com o diretor-geral da ANM, Victor Hugo Bicca, desde julho de 2016, a agência não aprova nenhum plano de aproveitamento econômico com a utilização de barragem a montante e está estudando o desativamento e a proibição desse tipo de barragem no país.

O Brasil possui atualmente 88 barragens nesta situação. O modelo a montante era usado pela empresa Vale na barragem que rompeu em Brumadinho e também pela Samarco na barragem que se rompeu em Mariana, Minas Gerais, em 2015. Foto: Reprodução / EBC