A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) participarão de audiência pública na cidade de Cruz das Almas neste domingo (22) para debater sobre a revitalização do Estaleiro Enseada, em Maragogipe, e a reabertura do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu, da Petrobrás.
Inaugurado em 2012, o Estaleiro Enseada, que fica localizado em São Roque do Paraguaçu, possuía 7.5 mil postos de trabalho, com 87% deles sendo ocupados por moradores da região, e teve as suas operações paralisadas cerca de dois anos depois como consequência da Operação Lava Jato. Mais de 6500 pessoas foram demitidas, o que levou à cidade de Maragogipe ao colapso econômico, já que 75% dos empregos formais da cidade eram no equipamento. “A reativação do estaleiro e do canteiro de obras é de fundamental importância para a região”, avalia Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
“São diversos empregos diretos e indiretos que podem ser gerados através da retomada das atividades, levando à melhoria na qualidade de vida da população local. A Lava Jato transformou São Roque de Paraguaçu em uma ‘cidade fantasma’”, diz. O diretor do Sindipetro-BA, Radiovaldo Costa, defende que a reabertura do Canteiro de São Roque do Paraguaçu e o reaproveitamento do Estaleiro Enseada será um celeiro de oportunidades para a Bahia.
“A ideia é que possam ser construídos navios e plataformas, utilizando a mão de obra local, gerando empregos e fortalecendo a economia do estado e dos municípios de Maragogipe e região. Nós ainda somos uma região com o menor nível de industrialização do país e essa dívida social e econômica precisa ser reparada”, pontuou. Essa será a segunda audiência para tratar do tema. A primeira ocorreu na cidade de Santo Antônio de Jesus e, após Cruz das Almas, acontecerá uma última na cidade de Maragogipe, no dia 5 de novembro. A Tarde
