Foto: EC Bahia

A derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR no último domingo foi a segunda do Bahia em dois jogos fora de Salvador pelo Campeonato Brasileiro. Apesar do placar magro, o Bahia foi castigado pelo adversário (a partida terminou com 17 finalizações a 10 para os mandantes), principalmente no início dos dois tempos de jogo. Aos dez minutos de partida, o time comandado por Roger Machado perdia por 1 a 0 e teve que correr atrás do prejuízo, oscilação que custou caro nesse jogo e que também trouxe dificuldade para o time em outras oportunidades.

Na estreia pelo Campeonato Brasileiro, diante do Corinthians, na Fonte Nova, o Bahia teve dificuldade para encaixar o jogo do primeiro tempo. O time acabou sofrendo um gol de Pedrinho na reta final da primeira etapa, acordou com o empate de Arthur Caíke, e só deslanchou no segundo tempo, quando cravou a vitória por 3 a 2.

O time, porém, não teve a mesma competência para reagir contra o Botafogo, na rodada seguinte. Apesar de abrir o placar logo aos cinco minutos, o Tricolor não mostrou equilíbrio para segurar o resultado, sofreu três gols e não conseguiu mais voltar para a partida e evitar a derrota. Até no jogo contra o Avaí, quando venceu por 1 a 0 na Fonte Nova e tinha a partida controlada, o Bahia sofreu riscos desnecessários na reta final do jogo.

Quanto à oscilação diante do Athletico, o técnico Roger Machado acredita que a dificuldade encontrada pelo Bahia se justifica também pelo estilo de jogo do Furacão.

– A gente sabe que o Athletico, principalmente nos dois inícios de tempo, costuma pressionar o adversário e ir fazendo seu estilo de jogo, tentado atrair o adversário para dentro de seu campo, para, em bolas lançadas do Santos, tentar romper essa barreira da pressão por cima. Nessa pressão inicial, a gente foi penalizado com um gol – disse Roger durante entrevista coletiva no último domingo.

Contra o Athletico, Tricolor criou pouco e foi sufocado por time paranaense  — Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Contra o Athletico, Tricolor criou pouco e foi sufocado por time paranaense — Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Rendimento fora como calcanhar de Aquiles

A oscilação do Bahia tem cobrado mais caro nos jogos fora de casa. Se tem 100% de aproveitamento na Arena Fonte Nova, o time ainda não conseguiu pontuar nas duas partidas que fez como visitante. A situação não chega a ser alarmante, já que o Brasileirão ainda está no início, mas já deve ter feito alguns torcedores lembrarem das últimas temporadas. Em 2017, o Tricolor venceu apenas três vezes fora de Salvador; em 2018, duas.

Na temporada 2019, o Bahia fez 18 jogos fora de casa; teve seis vitórias, cinco derrotas, sete empates, o que significa aproveitamento de 46,2%. Roger Machado acredita que a diferença de rendimento não é algo particular do Bahia.

– Isso não é um critério que abate apenas os times que jogam do 10º ao 20º lugar no campeonato. Para ter uma ideia, o time que disputa a vaga para a Libertadores consegue cinco vitórias fora de casa. Claro, conta mais com os empates. Mas isso é um fator local, assim como nós temos a nossa força jogando em casa, é importante que a gente tenha essa força jogando também fora de casa e consiga traduzir em bons jogos, que a gente tem feito nessas duas partidas, e transformar em resultados positivos.

O Bahia de Roger Machado vai ter nova oportunidade para melhorar números fora de casa no próximo domingo, quando enfrenta o São Paulo, no Morumbi, pela quinta rodada da Série A. O jogo está marcado para as 11h (horário de Brasília). Globoesporte