Crédito: TIAGO CALDAS / ECBAHIA

Rogério Ceni não conseguiu vencer o Vitória no Barradão com o Bahia, porém, no terceiro e último clássico Ba-Vi no estádio em 2024, o tricolor arrancou o empate em 2×2. O Esquadrão perdia por dois gols quando mostrou força para reagir e igualar o marcador.

Em entrevista coletiva concedida depois do jogo, Ceni analisou o desempenho do time e falou sobre a reação no segundo tempo, quando o Bahia anotou dois gols em apenas três minutos. Biel e Everaldo, que saíram do banco de reservas, deram números finais ao placar, aberto por Matheuzinho e Wagner Leonardo para o Vitória.

“Acho que foi nosso melhor momento do jogo. Quando fizemos o gol estávamos dominando o meio campo e com volume na área, com dois camisas 9. Poderia talvez caprichar um pouquinho e ter mais calma. Teve uma chance de Thaciano que poderia ter tocado para o Arias, outra de Biel na trave. Tivemos muitos lances que poderiam sair gols. Sofremos defensivamente com a entrada do Mateus Gonçalves. A gente precisava jogar no mano a mano atrás, sem sobra, mas, com a saída de um volante deles, tomamos conta do meio-campo”, afirmou.

Para Rogério Ceni, o Bahia mostrou força, mas desperdiçou a chance de sair de campo com o triunfo. “Acho que poderíamos sair vitoriosos, mas devo destacar a força mental e a força de vontade dos jogadores para reagir em um jogo que estava 2×0 contra nós. Acho que isso é bom para eles se sentirem bem com o que fizeram, mas era possível fazer um pouco mais”, avaliou.

“Acho que no primeiro tempo ficamos abaixo, pressionamos pouco. No segundo tempo, a gente veio mais para o jogo e fomos mais ofensivos. Corremos mais riscos, mas criamos bem, talvez tenha faltado mais capricho na finalização, mas tem que se destacar a força de todos para sair de um 2×0 para o empate. Destacar também a força física no final, a partir da entrada dos jogadores, dominamos mais que o Vitória. Acho que faltou mais frieza para fazer o 3×2 hoje”, completou.

Rogério Ceni também comentou sobre as modificações feitas no segundo tempo do jogo. Rezende, Biel e Everaldo entraram nos lugares de Victor Cuesta, Ademir e Everton Ribeiro, respectivamente. Depois, Carlos de Pena substituiu Caio Alexandre e Estupiñán a Thaciano.

“O Rezende entra no lugar do Cuesta para dar agilidade na construção, já que ele é volante de origem. O Juba já tinha apoiado mais no primeiro tempo e ficou para fazer a proteção ao lado de Rezende e o Arias fez a função que eu acho que ele faz melhor no ataque, com Biel do outro lado. Thaciano e Everaldo ficaram à frente para prender mais essa bola na área. Eu não jogo com o 9 sempre porque se não abriria mão de Cauly para dar superioridade no meio. São escolhas que temos que fazer. Naquele momento, com o 2×0, arriscamos mais do que o normal. Já treinamos muito Everaldo com Oscar e Biel. Recuamos mais o Cauly para fazer a função do Everton. De bom, conseguimos ficar melhor até o final, e de ruim é que não conseguimos o gol e os três pontos”, firmou Rogério Ceni.

O treinador tricolor terá a semana cheia para treinar o time, já que o Bahia só volta a campo no sábado (27), às 21h, quando recebe o Grêmio, na Fonte Nova. O Esquadrão soma quatro pontos no Brasileirão. Antes de empatar com o Vitória já tinha perdido para o Internacional e vencido o Fluminense. Correio da Bahia