EC Bahia

No último jogo de 2021, o Bahia entrou em campo com uma dura missão: se manter na primeira divisão. O objetivo ia sendo conquistado até os 33 minutos do segundo tempo, mas o Esquadrão tomou a virada do Fortaleza, perdeu por 2×1, no Castelão na noite desta quinta-feira (9), e amargou a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. O Bahia abriu o placar no primeiro tempo, em cobrança de pênalti de Rodriguinho.

Também em penalidades, o Fortaleza conseguiu a virada com Wellington Paulista, na primeira etapa, e Pikachu, no segundo tempo. O tricolor viu ainda Grêmio e Juventude vencerem os seus jogos e terminou o Brasileirão na 18ª colocação, à frente apenas de Chapecoense e Sport. Enquanto o Juventude conseguiu se salvar, o Grêmio caiu junto e também vai jogar a segundona em 2022.

Na partida mais importante da temporada, Guto Ferreira manteve Edson no meio-campo e fez apenas uma alteração na equipe titular. Suspenso, Rossi deu lugar para Juninho Capixaba. O Bahia iniciou a partida dando a impressão de que iria se lançar ao ataque. Com menos de um minuto, Matheus Bahia arriscou chute forte de fora da área e Marcelo Boeck fez a defesa.

Passada a tentativa tricolor, o jogo se concentrou no meio-campo, com muita marcação e pouca criatividade dos dois lados. Se não dava para chegar nas jogadas articuladas, o jeito foi tentar na bola parada. Aos 19 minutos, a defesa do Fortaleza não conseguiu cortar a bola chuveirada na área. O goleiro Marcelo Boeck saiu de forma atabalhoada e acertou um tapa no rosto de Gilberto. O árbitro marcou pênalti e, aos 24 minutos, Rodriguinho bateu no canto direito e abriu o placar para o Esquadrão.

O Bahia chegou a marcar o segundo gol minutos depois, na escapada de Gilberto, mas a arbitragem flagrou impedimento e anulou o tento do camisa 9. Com a vantagem baiana, o duelo voltou a ficar disputado, com poucas chances claras. O Bahia tentava explorar a velocidade, mas tinha dificuldade para passar pelo bloqueio do Fortaleza.

O Esquadrão ia encaminhando o triunfo na primeira etapa, mas recebeu um banho de água fria. Aos 48 minutos, Yago Pikachu foi derrubado em cima da linha por Matheus Bahia. O árbitro de campo chegou a marcar falta, mas o VAR entrou em ação e alertou sobre a penalidade. Aos 49 minutos, Wellington Paulista cobrou e deixou tudo igual.

VIRADA E QUEDA
Apesar da igualdade no placar, o Bahia desceu para o intervalo fora da zona de rebaixamento, já que o Juventude também estava empatando com o Corinthians, em Caxias do Sul. O tricolor voltou para a segunda etapa sem mudanças e nos primeiros minutos o panorama foi de um jogo equilibrado.

O Fortaleza assustou na cabeçada de Éderson, mas o Bahia respondeu na conclusão de Juninho Capixaba que passou riscando o travessão. Para tentar deixar o Bahia um pouco mais solto, Guto colocou Lucas Mugni no lugar de Juninho Capixaba, que deixou o campo machucado. Mesmo assim o duelo seguiu  com pouca inspiração.

A chance que o Bahia esperava apareceu aos 25 minutos No contra-ataque, Raí disparou com espaço, ganhou do marcador e invadiu a área. Mas o atacante demorou para finalizar e foi desarmado por Éderson.

Aí o jogo ganhou emoção, mas pelo lado do Fortaleza. Danilo Fernandes operou um milagre no chute sem ângulo de Igor Torres. Na sequência da jogada, a bola explodiu no braço de Conti. O árbitro foi para a revisão no VAR e deu pênalti. Aos 33 minutos, Pikachu cobrou, virou para o Fortaleza e mandou o Bahia para a zona de rebaixamento.

Para piorar a situação, quase que no mesmo instante o Juventude abriu o placar em Caxias do Sul. O Bahia passou a depender então do triunfo sobre o Fortaleza. No desespero, Guto partiu para o tudo ou nada e mandou Rodallega, Daniel e Ronaldo para o jogo. O Esquadrão conseguiu duas boas oportunidades com Rodallega e Gilberto, mas parou no goleiro Marcelo Boeck.

Nos minutos finais, o Bahia se mostrou um time sem forças para reagir. Aí, o Fortaleza aproveitou a grande festa que preparou no Castelão para o encerramento da temporada, venceu o jogo, enquanto o tricolor chorou mais um rebaixamento na sua história, o quarto da Série A para a B. Os outros foram em 1997, 2003 e 2014. (Correio da Bahia)