Ricardo Duarte / SC Internacional

Não há muito o que dizer, torcedor: o Bahia está na zona de rebaixamento da Série A. Neste domingo (26), pela 22ª rodada do campeonato, o tricolor perdeu para o Internacional por 2×0, em Porto Alegre, e caiu para a 17ª posição, com 23 pontos.

Dois resultados prejudicaram o Esquadrão, além da derrota. Um foi a vitória em casa do Juventude sobre o Santos, por 3×0. O time gaúcho chegou a 26 pontos e deixou o Z4. Além disso, o América-MG empatou com o Flamengo em 1×1 e foi a 24 pontos.

No Beira-Rio, o Bahia voltou a sofrer com uma falha que já se mostra recorrente: a bola aérea. Aos 38 minutos do primeiro tempo, Edenílson cobrou escanteio e Yuri Alberto subiu entre cinco marcadores para abrir o placar.

Não parou por aí. Aos 28 da etapa final, após escanteio, a bola sobrou para Cuesta, que cruzou na área, onde Rodrigo Dourado subiu livre e marcou 2×0.

Em ambos os lances, Lucas Fonseca apareceu como protagonista negativo. No primeiro gol, chegou atrasado na marcação de Yuri Alberto. No segundo, ele deu um passe errado que originou o escanteio; especificamente na bola cruzada para Dourado, Juninho Capixaba largou a marcação. No jogo anterior, uma falha combinada de Nino Paraíba com Lucas resultou no gol de empate do Red Bull Bragantino em 1×1 na Fonte Nova.

O técnico Diego Dabove não teve Germán Conti à disposição. O zagueiro sofreu um estiramento numa das coxas durante a semana. Rossi, Indio Ramírez e Marcelo Cirino também estão fora por lesão. O comandante tricolor surpreendeu na escalação: manteve Gilberto no banco e Rodriguinho voltou a ser titular. Além disso, Edson ganhou a vaga que era de Lucas Araújo.

O Bahia ainda pode cair mais na tabela neste domingo. Às 18h15, o Grêmio visita o Athletico-PR e ultrapassa se vencer ou empatar. Agora, o Esquadrão precisa se recuperar diante do Ceará, no próximo sábado (2), às 19h, na Fonte Nova.

Primeiro tempo
Dabove foi obrigado a rever a sua estratégia com apenas quatro minutos de jogo: Rodriguinho sofreu uma queda e lesionou as costas. Gilberto o substituiu e o Bahia ficou com dois centroavantes, tal qual ocorreu no duelo contra o Santos, que acabou empatado em 0x0, há duas semanas.

Talvez por causa disso, a criação no meio-campo ficou prejudicada. A sintonia entre Gilberto e Rodallega, demonstrada em partidas anteriores, não apareceu. Em nova atuação ruim de Ruiz e Isnaldo, a equipe simplesmente não criou perigo no primeiro tempo.

O Inter mostrou as virtudes e os defeitos esperados: dificuldade de penetrar a área adversária, porém competência em bolas aéreas e paradas e chutes de fora da área. Aos 11, Taison quase abriu o placar numa finalização de longe que raspou a trave de Claus.

Aos 38, uma falha conhecida voltou a machucar. Edenílson cobrou escanteio, Yuri Alberto se antecipou, subiu praticamente sozinho e cabeceou com facilidade para o gol. Quarto seguido que o Bahia leva em lances de bola aérea.

Segundo tempo
Apesar da desvantagem no placar, o tricolor seguiu passivo na etapa final. Mais uma vez, pesaram as más atuações de Ruiz e Isnaldo, que deviam ser responsáveis pela velocidade do time pelas pontas. O meio-campo, restrito ao volante Edson e ao meia Mugni, jogava longe de Gilberto e Rodallega.

O colorado foi criando suas chances. Aos seis, Taison cobrou falta com força e Claus espalmou para fora. Nem mesmo as entradas de Thonny Anderson e Galdezani, nas vagas de Ruiz e Isnaldo, mudaram as perspectivas da equipe.

O Bahia só assustou, mesmo, aos 23. Foi quando Gilberto recebeu cruzamento de Juninho Capixaba e cabeceou colocado. Porém, Daniel reagiu rápido e espalmou para fora, numa grande defesa.

Até que a bola aérea defensiva voltou a castigar. Aos 28, após escanteio, a bola sobrou para Cuesta, que cruzou para o meio da área. Rodrigo Dourado pulou sozinho e fez 2×0. Quinto gol seguido que o Bahia sofre em bola área no Brasileirão. (Correio da Bahia)