O estudante Jonas Ribeiro dos Santos Neto, 17 anos, que foi torturado e morto pela facção Bonde do Maluco (BDM), foi enterrado, desenterrado e depois colocado no porta-malas onde foi localizado após 20 dias desaparecido. O rapaz estava desaparecido e seu corpo foi encontrado nesta último sábado (5), em Salvador, com mãos e pés amarrados, marcas de tiros e faca, em carro abandonado no bairro de São Cristóvão.

 

A morte de Jonas é apurada em conjunto com agentes do Departamento de Homicidios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da 12° Delegacia (Itapuã). De acordo com fontes ligadas à investigação, logo após a execução, Jonas foi enterrado num matagal localizado nos fundos do Conjunto Bosque das Bromélias, localidade onde o rapaz foi abordado pelos criminosos.

 

“Como a polícia passou a intensificar as buscar por Jonas no conjunto, os responsáveis pela morte desenterraram o rapaz e o puseram no morta-malas do carro deixado lá no São Cristóvão acreditando que iam evitar novas ações da policia lá no Bosque das Bromélias, atribuindo o crime a traficantes rivais da área”, disse uma fonte ao jornal Correio da Bahia. Nesse momento, a Polícia Civil chegou a um rapaz que tem ligação com os criminosos.

 

“Ele informou onde o corpo de Jonas estava enterrado. Então, resolvemos escavar e encontramos um corpo de um rapaz que posteriormente foi descartado ser a vítima que procurávamos”, detalhou a fonte. Pelo menos 13 pessoas estão envolvidas na morte e sequestro de Jonas.

 

De acordo com fontes ligadas às investigações, imagens das câmeras do ônibus mostram o momento que um grupo de cinco rapazes aborda Jonas dentro de um ônibus parado no Bosque das Bromélias, enquanto outras oito pessoas ligadas à facção observam tudo do lado de fora. “A vítima é retirada do ônibus à base de agressões físicas, como tapas. Com as imagens e o depoimentos, a polícia já identificou a maioria dos envolvidos no crime”, finalizou a fonte.