Foto: Max Haack

O pedido do partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, para anular votos na eleição de 2022 por indícios de mau funcionamento das urnas eletrônicas pode respingar fortemente em seus aliados na Bahia e no Brasil. A sigla pede o descarte de 279 mil urnas eletrônicas, cerca de 59% do total usado nas eleições.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse que a Corte só vai analisar o pedido se o PL também incluir o primeiro turno da eleição no pedido – e não apenas o segundo, em que Bolsonaro enfrentou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Isso pode afetar drasticamente a eleição dos aliados do bolsonarismo, que saíram vitoriosos nos estados. Na Bahia, o deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL), conseguiu eleger a própria mulher, Roberta Roma (PL), para a Câmara Federal. Além dela, ele também conseguiu eleger Vitor Azevedo (PL) para a Assembleia Legislativa da Bahia (PL).

O parlamentar ainda não se pronunciou nas redes sociais sobre o caso e também não foi encontrado pela reportagem do BNews para comentar o assunto. No Twitter, ele apenas compartilhou uma nota do PL sobre o pedido.

“O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, comunicou nesta terça-feira, 22, que o Partido entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular votos de algumas urnas eletrônicas nas eleições do último dia 30 de outubro”, diz a mensagem compartilhada pelo deputado. O PL elegeu a maior bancada na Câmara, com 99 deputados federais, e também oito senadores. BNews