Bruna Linzmeyer decidiu não manter mais as axilas depiladas e defendeu essa liberdade de escolha nas mulheres, em entrevista para a revista “Marie Claire” de janeiro. “Se não falamos sobre elas, não viram uma questão a ser debatida. É aí que quero chegar. Me depilei durante muito tempo. Ter pelos já foi estranho para mim. Hoje, acho estranho uma mulher não os ter”, afirmou a namorada de Priscila Visman.

 

“E mais: acho sexy quando uma mulher tem e acho sexy em mim”, completou. Em 2017, Bruna foi clicada pela primeira vez com a atual namorada, e semanas mais tarde acabou sendo vítima de ataques homofóbicos. Para a publicação, a atriz voltou a afirmar que perdeu trabalhos por conta do relacionamento com Priscila no que já chamou de “mundo opressor”.

 

Ela ainda acrescenta: “Claro que perdi contratos por me assumir lésbica. E claro que fiquei assustada, principalmente porque tinha um apartamento para pagar e meus pais não são ricos, pelo contrário”, declarou, assegurando que se não tivesse assumido o namoro teria ficado doente. As informações são do Purepeople. “Mas não tive muita escolha. Ou me assumia e vivia a minha vida, ou tinha um câncer, tinha depressão. Adoecia”.

 

“A minha sorte é que, por outro lado, me posicionar aproximou de mim marcas que pensam como eu, que acreditam que o exercício da liberdade é valioso”, completou ela, que irá rodar quatro filmes ao longo de 2019. A Lourdes Maria do folhetim de Aguinaldo Silva disse também que ao assumir a relação com a artista visual acabou incentivado outras garotas a também fazerem o mesmo.

 

“Já ouvi de garotas que conseguiram conversar sobre suas sexualidades com os pais e contar que gostam de outras garotas a partir de uma declaração que fiz”, festejou Bruna, uma das participantes do movimento “Ocupa Sapatão”. A atriz comentou ainda o seu engajamento ao lado de outras famosas após a denúncia de assédio sexual feita pela figurinista Su Tonani contra José Mayer.

 

“Entendemos que nos unir era tão importante quanto a denúncia da própria Su no jornal. Mulheres devem se amparar e conversar sobre o que atravessa suas vivências. É uma forma de nos fortalecer”, explicou. Em participação no “Amor & Sexo”, a atriz reprovou os rótulos de “lésbica” e “sapatão”.

 

“Eu acho que é um ato político. Porque eu, como mulher e dentro da caixinha que assumo eventualmente como mulher lésbica, como mulher sapatão… eu não sou só isso. Eu sou uma pessoa livre e, às vezes, nem tão mulher, eu sou o que eu quiser. Mas usar a palavra lésbica, a palavra sapatão, às vezes ainda soa muito mais como incômodo do que a palavra gay, que já está naturalizada. É para a gente poder falar sobre isso. É um ato político nesse sentido”, defendeu.