Familiares e amigos do garoto Hebert Filipe Silva Souza, de 11 anos, que morreu após ser baleado na porta da casa onde morava durante uma ação policial, fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (18), em Camaçari, região metropolitana de Salvador.

O protesto começou por volta das 8h30, na Praça Monte Negro. Dezenas de pessoas levaram cartazes com mensagens com pedido de justiça pelo ocorrido, andaram em direção a delegacia da cidade e depois até o Fórum Clemente Mariani.

“Muito triste, só Deus é que sabe. Você acordar e não ter seu filho em casa. Você levantar, quando ele levantava. Ele ia me procurar dentro de casa para me dar bom dia. Eu já estava dormindo e me assustava com ele me beijando, me dando boa noite, então, está sendo muito difícil”, contou Gilcinalva, mãe de Hebert Filipe.

A mãe do garoto ainda contestou a versão da PM, que afirma que a criança foi baleada durante uma troca de tiros com suspeitos. No entanto, familiares da vítima e vizinhos alegam que não houve tiroteio no local, e que os policiais chegaram atirando. Os policiais envolvidos na ação foram presos.

“Não foi troca de tiros, meu filho foi assassinado brutalmente porque ele correu. Ele estava brincando de esconde-esconde, ele correu para se proteger, atiraram no meu filho dizendo que meu filho era bandido”, disse emocionada.

A criança foi atingida por disparos de arma de fogo na noite de quinta (14). De acordo com a assessoria do governo do estado (Secom), houve uma troca de tiros entre PMs e criminosos na Rua dos Pássaros, bairro Jardim Brasília, onde o garoto morava, e a criança acabou baleada. Hebert Filipe foi enterrado na sexta-feira (15), no Cemitério Jardim da Eternidade segundo informações do G1. Foto: Camila Oliveira/TV Bahia